Futuro ministro da Economia do Brasil confirma que criará Secretaria de Privatizações

Brasília, 20 nov (Xinhua) -- O economista Paulo Guedes, que comandará o ministério de Economia do Brasil a partir de 1º de janeiro, confirmou nesta terça-feira que será criada uma Secretaria de Privatizações, a fim de acelerar o processo de "desestatizações".

Guedes fez o anúncio em sua chegada ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), onde se concentra a equipe de transição do novo governo.

Durante a campanha presidencial, o futuro ministro e guru do presidente eleito Jair Bolsonaro, defendeu a necessidade de privatizar estatais e órgãos federais específicos, como a empresa de Correios e subsidiárias da petroleira Petrobras.

Guedes, um economista ultraliberal da Escola de Chicago, chefiará o "superministério" da Economia, que reunirá as atuais pastas da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio Exterior.

A agenda econômica do futuro governo inclui um programa de privatizações, reformas tributária e de aposentadorias, abertura econômica máxima para o exterior, autonomia formal do Banco Central e "Estado mínimo".

Bolsonaro, tem afirmado que o processo de privatizações será implementado com um plano específico e bem definido, mas, na segunda-feira, descartou privatizar a Petrobras, embora tenha admitido que poderia vender partes da petroleira.

Guedes negou na terça-feira que se esteja estudando reajustes de tributos e criação de novos impostos e afirmou também que não há planos para a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentos Financeiros (CPMF), o chamado imposto sobre o cheque.