Resumo: funcionários e especialistas em APEC elogiam frutos da cooperação do Cinturão e Rota
Beijing, 19 nov (Xinhua) -- A Iniciativa do Cinturão e Rota, proposta pela China, vem impulsionando o desenvolvimento dos países da Ásia-Pacífico e beneficiando as pessoas locais, disseram funcionários de alto escalão e especialistas em Cooperação Econômica da Ásia Pacífico (APEC).
"Graças aos cinco anos de esforços conjuntos, a cooperação sob a Iniciativa do Cinturão e Rota entrou em uma nova fase de implementação plena", disse o presidente chinês, Xi Jinping, no domingo na 26ª Reunião dos Líderes Econômicos da APEC.
Proposta pela China em 2013, a Iniciativa se refere ao Cinturão Econômico da Rota da Seda e à Rota da Seda Marítima do Século 21, pretendendo construir uma rede de comércio e infraestrutura conectando a Ásia com a Europa, África e além.
Para os países em desenvolvimento como a Papua-Nova Guiné (PNG), "é uma grande iniciativa por causa do acesso a fundos, acesso a capacidade de construção de infraestrutura que estamos atualmente desenvolvendo em conjunto com a China", disse à Xinhua o primeiro-ministro da PNG, Peter O'Neill.
A PNG, anfitriã da Reunião dos Líderes Econômicos da APEC este ano, entrou para o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura em maio e se tornou em junho o primeiro país insular do Pacífico a assinar um memorando de entendimento com a China sobre a cooperação da Iniciativa.
"Penso que globalmente ela (Iniciativa) continuará a promover comércio e investimento para todos os países", assinalou O'Neill. "Então a apoiamos."
David Toua, um representante da PNG no Conselho Consultivo de Negócios da APEC, disse que a iniciativa "ganhou dinâmica" e agora é "bastante madura".
David Morris, comissário de comércio na Pacific Islands Trade and Invest, uma agência sob o Secretariado do Fórum das Ilhas do Pacífico, disse que a Iniciativa pode ajudar a construir a infraestrutura e a conectividade necessárias no mundo em desenvolvimento e além, enfatizando que a abertura e a cooperação são a única forma para garantir o desenvolvimento inclusivo e sustentável.
"As economias da APEC desfrutam de vantagens culturais e geopolíticas no que se refere à cooperação com a China", salientou Benjamin Peng, diretor-gerente da companhia de investimento Cukierman, baseada em Tel Aviv. "A China e (outras) economias da APEC devem aumentar suas visitas e intercâmbios mútuos para se beneficiarem mais da Iniciativa."
O comércio acumulado da China com os países do Cinturão e Rota excedeu US$ 5 trilhões e o investimento direto no exterior totalizou mais de US$ 60 bilhões, criando mais de 200 mil empregos locais. Como a Iniciativa fortalece a cooperação e traz benefícios, também dissipa dúvidas e preocupações que uma vez as pessoas não participantes tinham.
"Esta iniciativa recebeu extenso endosso internacional nos últimos cinco anos", disse Xi no sábado em um importante discurso na Cúpula de CEO da APEC, acrescentando que a China assinou documentos de cooperação da Iniciativa com mais de 140 países e organizações internacionais e que um grande número de projetos de cooperação foi lançado sob esta iniciativa.
"É guiada pelo princípio de consulta e colaboração para benefícios compartilhados", disse Xi. "Não é um clube exclusivo e fechado para não membros, nem uma 'armadilha' como algumas pessoas a rotularam."
"A Iniciativa envolve um enorme mercado e espaço vasto para a cooperação, permitindo que todos os membros participem e se beneficiem da Iniciativa", afirmou Liu Chenyang, chefe do Centro de Estudo APEC da Universidade de Nankai, em Tianjin. "Estamos confiantes de que a Iniciativa oferecerá uma cooperação de ganhos recíprocos e será um bulevar ensolarado, e que desenvolveremos ao longo da direção que estabelecemos."
"O Oceano Pacífico é grande o suficiente para convergir diversos países e pessoas para se desenvolverem juntos", comentou Chen Hong, diretor do Centro de Estudos da Ásia Pacífico na Universidade Pedagógica do Leste da China, em Shanghai. "A China se baseará na Ásia-Pacífico, e a fará prosperar."
A China sediará o segundo Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional em abril do próximo ano.
"A China trabalhará com todos os países envolvidos sob o princípio de consulta e colaboração para benefícios compartilhados para buscar a Iniciativa do Cinturão e Rota com altos padrões, de forma que gere resultados de qualidade e crie oportunidades de desenvolvimento ainda maiores para as pessoas na Ásia-Pacífico e além", observou Xi na 26ª Reunião dos Líderes Econômicos da APEC.
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