Premiê chinês pede consultas e abertura mútua para manter a paz e a prosperidade no Leste Asiático

2018-11-16 11:15:13丨portuguese.xinhuanet.com

SINGAPORE-LI KEQIANG-EAST ASIA SUMMIT

(Xinhua/Shen Hong)

Cingapura, 15 nov (Xinhua) -- O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, pediu na quinta-feira que os países da região fortaleçam as consultas com base na igualdade e abertura mútua, a fim de manter a paz e a prosperidade no Leste Asiático.

Li fez a observação durante a 13ª Cúpula do Leste Asiático realizada nesta quinta-feira em Cingapura, que reuniu os líderes dos dez países membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN, na sigla em inglês), assim como da Austrália, China, Índia, Japão, Nova Zelândia, Rússia, República da Coreia e Estados Unidos.

Li disse que a Cúpula do Leste Asiático, lançada há 13 anos, tornou-se uma importante plataforma para o diálogo e a cooperação no Leste Asiático, e desempenhou um papel importante na intensificação do entendimento mútuo, manutenção da paz e estabilidade regionais e promoção do desenvolvimento e prosperidade na região.

Ao meio à crescente instabilidade e incerteza no horizonte global, existe uma necessidade de defender o conceito de viver juntos em harmonia e cooperação mutuamente benéfica, reforçar as consultas baseadas na igualdade e promover a abertura mútua, a fim de manter a paz e a prosperidade no Leste Asiático, enfatizou o primeiro-ministro chinês.

Li apresentou uma proposta de cinco pontos para aumentar ainda mais a cooperação regional.

Primeiro, os países devem aderir ao multilateralismo.

A China advoga pela construção de um novo tipo de relações internacionais caracterizadas pelo respeito mútuo, igualdade e justiça, assim como a cooperação de lucro mútuo, disse Li, acrescentando que a China está disposta a trabalhar com todas as partes para salvaguardar a ordem internacional baseada em regras.

Segundo, os países devem defender o livre comércio.

Li pediu esforços conjuntos para construir uma economia mundial aberta, apoiar o sistema de comércio multilateral com a Organização Mundial do Comércio em seu núcleo e promover a liberalização e facilitação do comércio e do investimento.

Terceiro, os países devem realizar esforços para acelerar a integração econômica regional.

Os acordos de livre comércio regionais estão ganhando impulso, por isso todas as partes devem mostrar a determinação política para trabalhar pela pronta conclusão das negociações sobre a Associação Econômica Abrangente Regional (RCEP, na sigla em inglês) e impulsionar a abertura, a cooperação e o desenvolvimento inclusivo para um nível mais alto, indicou Li.

Quarto, os países devem fomentar a cooperação regional em desenvolvimento sustentável.

É necessário que todas as partes promovam ainda mais a cooperação nos âmbitos chave de energia, meio ambiente, educação, finanças, saúde pública, manejo de desastres e conectividade da ASEAN, sublinhou Li.

A China, acrescentou o primeiro-ministro, continuará organizando seminários sobre novas energias e administração marítima, advogará pela pesquisa conjunta sobre as ciências terrestres e promoverá o desenvolvimento inclusivo.

Quinto, os países devem empreender um diálogo e uma cooperação em política e segurança.

A China advoga uma visão de segurança comum, integral, cooperativa e sustentável, enfatizou Li, indicando que seu país quer cooperar com outras nações em áreas como combate ao terrorismo, mudanças climáticas e segurança cibernética, e realizar exercícios antiterroristas conjuntos em 2019.

Ao mesmo tempo, Li disse que um Mar do Sul da China pacífico é a aspiração comum de todas as partes e corresponde aos interesses de todos os países da região.

A China está disposta a trabalhar com os países da região para tornar o Mar do Sul da China uma águas de paz, amizade e cooperação, assegurou.

A China também está comprometida a impulsionar as consultas do Código de Conduta (COC) no Mar do Sul da China com os países da ASEAN e as duas partes elaboraram, em agosto último, um projeto único de texto de negociação, disse Li.

Na 21ª reunião dos líderes China-ASEAN (10+1) realizada na quarta-feira em Cingapura, a China e os membros do bloco concordaram em concluir a primeira revisão do projeto em 2019, mencionou Li.

A China também propôs concluir as consultas do COC em três anos para assim permitir aos países da região salvaguardar com regras a paz, a estabilidade, o livre comércio, assim como a liberdade de navegação e sobrevoo no Mar do Sul da China, acrescentou.

A China, disse o primeiro-ministro, espera que os países de fora da região respeitem e apoiem os esforços realizados neste sentido por seus colegas na região.

Os líderes participantes da reunião concordaram que a Cúpula do Leste Asiático produziu destacados lucros desde seu lançamento em 2005 e se tornou numa importante parte do marco regional aberto liderado pela ASEAN.

Todas as partes elogiaram os resultados frutíferos produzidos em âmbitos como meio ambiente, energia, controle de desastres, conectividade, comércio e cooperação marítima no último ano e pediram esforços conjuntos para criar melhores sinergias entre estratégias de desenvolvimento e ampliar a cooperação em desenvolvimento sustentável, conectividade e economia azul.

Os líderes concordaram que os países devem enfrentar juntos os desafios mundiais como a segurança cibernética, o terrorismo e a mudança climática, e resolver as tensões regionais através de canais diplomáticos.

Também prometeram acelerar as negociações da RCEP e melhorar a liberalização e facilitação do comércio e investimento na região.

A cúpula aprovou diversos documentos de resultados, entre eles uma declaração sobre as cidades inteligentes da ASEAN.

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