Empresas estrangeiras veem Cinturão e Rota como oportunidade de desenvolvimento
Beijing, 16 nov (Xinhua) -- A Iniciativa do Cinturão e Rota trouxe benefícios concretos tanto para negócios chineses quanto para estrangeiros. A avaliação é de vários executivos de diferentes companhias.
Angelos Karakostas, vice-CEO da autoridade portuária de Piraeus, Grécia, disse em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira que a cooperação do porto com a COSCO, gigante de transporte marítimo da China, provou ser de ganhos recíprocos.
A COSCO tem dirigido o Cais II e o Cais III do Porto de Piraeus por sua subsidiária desde 2008, quando a movimentação anual do porto era de 880.000 TEUs, ocupando o 93º lugar no ranking mundial. Em 2017, a movimentação cresceu para 4,15 milhões de TEUs, elevando a posição para a 36ª.
Yu Zenggang, vice-gerente-geral da COSCO, disse que a companhia tem aumentado a capacidade de transporte ao longo do Cinturão e Rota. Os ativos no exterior da companhia respondem por mais da metade do total, enquanto os lucros no exterior aumentaram cerca de 63%.
A China Communications Construction Company viu um salto no investimento no exterior desde a Iniciativa do Cinturão e Rota proposta em 2013. O volume de novos contratos excedeu 1,1 trilhão de yuans (US$ 158,5 bilhões), revelou Sun Ziyu, vice-presidente da gigante de construção de propriedade estatal.
Um dos principais projetos que a companhia participa sob a iniciativa é a Ferrovia de Bitola Padrão (SGR, sigla em inglês) Mombasa-Nairóbi no Quênia, que transportou cerca de 2 milhões de passageiros e 2 milhões de toneladas de carga até o fim de outubro.
James Michugu Karanja, vice-diretor de projeto da ferrovia do Quênia, revelou que a construção da linha férrea Mombasa-Nairóbi criou cerca de 46.000 empregos locais e contribuiu com mais de 1,5% para o PIB do país.
O Wanhua Chemical Group da China tem expandido seus negócios ao longo do Cinturão e Rota na Europa. Sua fatia de mercado aumentou rapidamente depois da aquisição do produtor químico húngaro BorsodChem em 2011, disse Huo Pengtao, vice-presidente do grupo.
Bela Varga, vice-presidente de recursos humanos e relações públicas da BorsodChem, destacou que foi através da parceria com o Wanhua que a companhia conseguiu lucro em 2015 e manteve mais de 3.000 empregos.
Proposta pela China, a Iniciativa do Cinturão e Rota se refere ao Cinturão Econômico da Rota da Seda e à Rota da Seda Marítima do Século 21. Ela visa construir uma rede de comércio e infraestrutura conectando a Ásia com a Europa e a África ao longo das rotas comerciais antigas da Rota da Seda.
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