“Sem comentários”, diz Macron ao ataque de Trump no Twitter

2018-11-15 19:11:27丨portuguese.xinhuanet.com

Paris, 14 nov (Xinhua) -- O presidente da França, Emmanuel Macron, disse na quarta-feira que não tem comentários a fazer em resposta à série de tweets do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, argumentando que prefere manter sua diplomacia via diálogo, em vez de twittar.

Falando no navio Charles de Gaulle, o único porta-aviões movido a energia nuclear da Europa, Macron disse que não conduz a diplomacia via tweets ou comentários.

"Tudo isso não importa. Eu não vou ter um debate com o presidente dos Estados Unidos por meio de tweets", disse ele, acrescentando que Trump "está jogando política americana, e eu deixo ele jogar política americana".

"Em todos os momentos da nossa história, temos sido aliados. Entre aliados, devemos respeitar uns aos outros, não quero saber do resto", acrescentou.

Em uma série de tweets que ele enviou logo após a visita a Paris, Trump zombou de Macron por sua queda na aprovação e criticou sua receita para a cooperação de defesa da Europa e o comércio global.

"Foi a Alemanha nas duas Guerras Mundiais - Como isso funcionou para a França? Eles estavam começando a aprender alemão em Paris antes que os EUA aparecessem. Paguem pela OTAN ou não", ele twittou.

Em outra mensagem, ele escreveu: "O problema é que Emmanuel sofre de um índice de aprovação muito baixo na França, 26%, e uma taxa de desemprego de quase 10%. Ele estava apenas tentando mudar de assunto. Aliás, não há um país mais nacionalista do que a França, pessoas muito orgulhosas - e com razão! "

"Acho que o que os franceses esperam que eu faça não seja responder aos tweets, mas sim seguir essa importante história de segurança comum", disse Macron.

Macron deixou claro que suas diferenças com Trump, notadamente sobre a mudança climática, o acordo nuclear e a abordagem nacionalista. Mas, ao mesmo tempo, ele desenvolveu um forte relacionamento com ele em um momento em que muitos líderes europeus estão mantendo distância.

"Os Estados Unidos são nosso aliado histórico e continuarão sendo. É o aliado com o qual assumimos todos os riscos, com os quais realizamos as operações mais complicadas. Mas ser um aliado não significa ser um estado vassalo", afirmou o presidente francês.

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