Governo português preocupado com crescente insegurança em Moçambique

Lisboa, 12 nov (Xinhua) -- O governo português manifestou na segunda-feira a preocupação com a crescente insegurança dos seus cidadãos em Moçambique após o rapto e assassinato do empresário José Paulo Antunes Caetano.

O Ministério de Relações Internacionais disse em comunicado que o diretor-geral da Política Externa do ministério, Pedro da Costa Pereira, disse ao embaixador moçambicano em Portugal, Joaquim Bule, que a percepção foi infelizmente reforçada por vários episódios marcados pelo desaparecimento ou morte de cidadãos portugueses no país africano.

Portugal atribuiu prioridade às condições de segurança em que vive a grande comunidade portuguesa em Moçambique. A comunidade contribuiu significativamente para o desenvolvimento econômico e social de Moçambique, disse o comunicado.

A fim de garantir a segurança dos portugueses em Moçambique, o governo português expressou seu compromisso de explorar com as autoridades moçambicanas o potencial do conjunto existente de instrumentos bilaterais e a possibilidade de criar novos mecanismos para permitir uma troca de informações adequada entre os dois países, segundo a nota.

O empresário português sequestrado foi encontrado morto no domingo perto de Maputo, capital de Moçambique, depois que o resgate exigido foi pago logo após seu sequestro na sexta-feira.

Outro empresário, Américo Sebastião, foi sequestrado e continua desaparecido desde 29 de julho de 2016, em Nhamapadza, distrito de Maringue, centro de Moçambique.

Portugal tem repetidamente oferecido cooperação judicial a Moçambique para tentar localizar o empresário desaparecido, mas as autoridades moçambicanas se recusaram, informou a agência de notícias Lusa, de Portugal.