"Tudo que a China faz é muito bem-feito", diz cônsul-geral do Brasil sobre CIIE

2018-11-10 19:28:21丨portuguese.xinhuanet.com

Por Luiz Tasso Neto e Wang Lu

Shanghai, 10 nov (Xinhua) -- Foi com muitos elogios que o cônsul-geral do Brasil em Shanghai descreveu a primeira Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, em inglês). Em entrevista exclusiva à Xinhua, Gilberto Fonseca-Guimarães de Moura falou sobre a participação brasileira na feira e sobre as relações bilaterais.

"Realmente o governo chinês está de parabéns. Digo muito sinceramente. Correu tudo muito bem."

Fonseca apontou que a presença maciça de expositores e de vários chefes de Estado e ministros das mais diversas áreas demonstrou a importância do evento.

"Tudo que a China faz é muito bem-feito. A exemplo do Brasil, do lado internacional havia toda uma mobilização, todos os meus colegas com suas chancelarias, com seus ministérios. Todos estiveram muito presentes a este evento, como um grande evento, uma tradução dessa abertura chinesa, e todos querendo aparecer melhor na festa, mostrar todos os seus predicados."

O diplomata disse que a presença dos ministros Aloysio Nunes (Relações Exteriores), Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e Marcos Jorge (Indústria, Comércio Exterior e Serviços) demonstrou a importância dada pelo Brasil à feira. "Todos os segmentos foram contemplados."

Fonseca sentiu o grande interesse dos empresários brasileiros presentes à CIIE. "Eles estão muito crédulos, com muita energia, muito otimismo, acreditando efetivamente. Não existe nada melhor do que você estar in loco e ter a oportunidade de falar com aqueles que têm interesse no seu produto e ver como funciona, o que eles apreciam mais, como operam. E só plataformas como este evento permitem."

O cônsul avalia que a distância entre os empresários dos dois países vem diminuindo cada vez mais e que os brasileiros estão começando a entender o perfil do consumidor chinês contemporâneo. Com o crescimento da classe média, as demandas são diferenciadas, as pessoas viajam mais e querem produtos com grau de sofisticação mais elevado, aponta ele. "Todos esses exercícios de aproximação são muito importantes. Eles dão a chance não só no momento, mas a posteriori, porque a feira não termina no sábado: agora é que vão começar os contatos."

O diplomata vê a China como uma inspiração para o Brasil. "Esse processo que eu vejo na China me lembra um pouco o do Brasil, guardadas as devidas proporções. Aqui houve reformas muito bem-sucedidas que viabilizaram essa abertura da China, que foi um exercício muito bem-sucedido porque a China pôde comprovar que o comércio é uma rota de duas mãos. Muito bem comprovado com o belíssimo discurso do presidente Xi agora na abertura da CIIE. Ele deixou muito claro que todo mundo se beneficia, que essa abertura é muito importante."

Ele destaca que os dois países devem andar sempre juntos e que a aproximação, não só comercial, mas também cultural, só tem a beneficiar a ambos. "O Brasil e a China, não só bilateralmente mas no âmbito dos BRICS, cada vez estão mais próximos, muito unidos. Nosso destino é um destino muito comum. Somos países em desenvolvimento, com desafios muito próximos."

Fonseca ainda salientou que a CIIE trouxe um otimismo muito grande ao empresariado brasileiro e adiantou que a exposição já está no calendário diplomático de 2019. "As autoridades chinesas foram maravilhosas em termos de organização, mais uma prova da capacidade da República Popular da China de organizar grandes eventos, eventos de grande envergadura."

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