CIIE é plataforma para se conectar com mercado chinês, dizem expositores lusófonos

2018-11-09 14:48:21丨portuguese.xinhuanet.com

Por Wang Lu e Luiz Tasso Neto

Shanghai, 9 nov (Xinhua) -- "O chá mate é muito saudável e nossos produtos são orgânicos", explica Leon Lee, distribuidor chinês da empresa Triunfo do Brasil, aos compradores no pavilhão 7.2 de Alimentos e Produtos Agrícolas na primeira Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, em inglês).

Segundo ele, o chá mate é popular no Brasil e de alta qualidade, mas não é muito conhecido entre os consumidores chineses. Os empresários não sabem muito bem como fazer negócios com os parceiros chineses, então a exposição os ajuda a entender melhor as necessidades dos consumidores do país, afirmou Lee.

Marcello Oikawa, representante da Triunfo, disse: "através da feira, sentimos o interesse do mercado chinês em nossos produtos e temos expectativas muito positivas sobre os negócios possíveis no futuro".

A CIIE é um movimento significativo do governo chinês para uma nova campanha de abertura de alto calibre e um passo importante para a abertura do mercado chinês ao mundo.

Quase todos os países de língua portuguesa participaram desta primeira exposição de importação, incluindo São Tomé e Príncipe, que retomou relações com a China há menos de dois anos.

O representante da Baobab Products Mozambique Ltd, Andrew Kingman, revelou que esta é a primeira vez que a empresa vem para a China expor produtos.

Ele destacou que muitos visitantes chineses mostraram interesse no pó de baobá apresentado pela companhia. "Temos resultados positivos até agora. A feira faz com que os consumidores chineses conheçam a nossa empresa."

Entre janeiro e julho de 2018, as trocas comerciais entre a China e os países de língua portuguesa totalizaram US$ 82,15 bilhões, um aumento anual de 21,5%, de acordo com os dados da alfândega chinesa.

Zhou Zhiwei, diretor executivo do Centro de Estudos Brasileiros do Instituto de América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais, observou que a CIIE é uma oportunidade muito boa para que as marcas dos países de língua portuguesa entrem no mercado chinês.

No estande da AgroCoopachã Cooperativa, uma empresa de Cabo Verde que vende vinhos com uvas cultivadas em rocha vulcânica sem utilização de irrigação ou fertilizantes, os visitantes podem provar os produtos e fazer perguntas.

"A exposição ofereceu uma oportunidade de cooperar com parceiros chineses e algumas empresas expressaram a vontade de cooperação", assinalou o diretor-geral Rosandro Pires Monteiro.

A companhia portuguesa Global Wines apontou que precisa da CIIE para promover seus produtos a mais parceiros chineses. A empresa já fez três acordos dentro da primeira exposição de importação.

Atualmente, a economia chinesa passou de uma fase de crescimento rápido para um período de desenvolvimento de alta qualidade e a demanda por produtos e serviços distintivos e de alta qualidade é ainda mais forte.

Segundo Tânia Romualdo, embaixadora de Cabo Verde, esta exposição acontece num momento em que a China celebra o 40º aniversário da sua abertura ao mundo e, sem dúvida, é um passo enorme para uma ainda maior integração da China, uma potência cada vez mais globalizada no mundo.

A primeira Exposição Internacional de Importação da China foi aberta na segunda-feira e vai até sábado, 10 de novembro.

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