Presidente português adverte contra uso dos militares para “jogos de poder”

Lisboa, 4 nov (Xinhua) -- O presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou no domingo a contribuição das forças armadas do país pela paz, advertindo que o uso das instituições militares para "jogos de poder" não será tolerado.

"Não toleraremos uma repetição do uso das forças armadas a serviço de interesses pessoais ou de grupo, de jogos de poder, uma vez que os soldados lutaram todos os dias na África central, norte, leste e sul da Europa, no Golfo da Guiné, pelo país e pela humanidade ", disse ele em uma grande cerimônia de desfile militar marcando o 100º aniversário do fim da primeira guerra mundial.

Depois de colocar uma coroa de flores no monumento aos combatentes da Grande Guerra, durante a qual 111.000 soldados portugueses lutaram e mais de 8.000 morreram, Rebelo de Sousa, também comandante supremo das forças armadas, disse que os soldados lutaram pela compreensão contra o ódio, por uma Europa aberta contra uma Europa fechada e há uma lição de aprendizado de 100 anos.

O presidente disse ainda que, sem os militares portugueses, não há liberdade, segurança, democracia e paz no país.

Mais de 4.500 soldados e policiais, incluindo 160 ex-combatentes e 80 militares estrangeiros da Alemanha, Estados Unidos, França e Reino Unido participaram do desfile ao longo da Avenida da Liberdade, no centro de Lisboa.