Café brasileiro chega à China graças à expo de importação de Shanghai
Varginha, Brasil, 22 out (Xinhua) -- A segunda maior cooperativa de café do Brasil terá sua primeira chance de promover produtos para os consumidores chineses, graças à primeira exposição de importação da China.
A cooperativa Minasul está planejando uma expansão comercial antes da Expo Internacional de Importações da China (CIIE, na sigla em inglês), que será realizada em Shanghai, de 5 a 10 de novembro.
Essa estratégia inclui o estabelecimento de um suporte na China para melhor comercializar produtos até mesmo para o resto do Leste da Ásia.
"Queremos montar um escritório na China que sirva também como um hub para outros países da região, semelhante ao que já temos na Europa", disse à Xinhua o chefe de desenvolvimento de novos negócios da Minasul, Luís Henrique Albinati.
A cooperativa, que reúne mais de 7.000 produtores em Minas Gerais, quer primeiro conhecer a China, incluindo preferências dos consumidores e canais para fazer negócios.
Albinati e a chefe de relações internacionais da Minasul, Maria Cláudia Lucinda Porto, farão um curso de três dias ministrado pelo gigante chinês de comércio eletrônico, Alibaba, em sua sede em Hangzhou.
A Minasul é uma das 87 empresas brasileiras convidadas pela agência de promoção de exportações e investimentos do Brasil, a Apex, para participar da feira de Shanghai.
Além de esperar encontrar compradores chineses, a Minasul também tem outro objetivo - encontrar parceiros chineses interessados em investir em tecnologias para melhorar a produção de café.
"Existem soluções que ainda precisam de desenvolvimento e achamos que os chineses podem ser nossos parceiros nesse processo, o que beneficiaria não apenas os membros da Minasul, mas os produtores de café em todo o Brasil", disse Albinati.
A cooperativa produz produtos de café regular e gourmet, que são classificados pelo Instituto de Qualidade do Café, da Califórnia, baseados em múltiplos fatores, do aroma ao nível de acidez. Para se qualificar como gourmet, o café precisa receber um mínimo de 80 pontos, em uma escala de 0 a 100.
De acordo com Maria Cláudia, o sistema de classificação internacionalmente reconhecido facilita que compradores e vendedores cheguem a um acordo, fornecendo uma "linguagem comum para todo o mundo do café, não importa a língua que você fale".
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, com 50% de sua produção concentrada em Minas Gerais. O país sul-americano também fornece um terço do café gourmet do mundo.
Este ano, o setor deve colher 60 milhões de sacas de café de 60 quilos, estabelecendo um recorde nacional.
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