Li pede esforços conjuntos China-UE para proteger multilateralismo e sistema de livre comércio
Bruxelas, 19 out (Xinhua) -- O primeiro-ministro da China, Li Keqiang, afirmou nesta sexta-feira que seu país e a União Europeia (UE) precisam proteger conjunta e firmemente o multilateralismo e o sistema de livre comércio com base nas regras.
Li deu essas declarações ao reunir-se com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reiterando que a China e a UE mantiveram frequentes intercâmbios de alto nível.
O primeiro-ministro chinês assinalou que o desenvolvimento estável e profundo das relações China-UE não apenas satisfará a necessidade comum das duas partes, mas também ajudará a promover a paz e o desenvolvimento mundiais.
Indicando que o mundo de hoje em dia enfrenta muitos desafios, Li apontou que a direção do desenvolvimento da civilização humana não mudará, e pediu que as duas partes protejam o multilateralismo e o sistema de livre comércio.
A resolução da China de aprofundar integralmente a reforma e expandir a abertura é firme, é para seu próprio desenvolvimento e uma escolha independente feita pelo país, indicou o primeiro-ministro.
Li ressaltou que a China trata igualmente todas as empresas nacionais ou estrangeiras registradas no país, e fará maiores esforços para estabelecer um ambiente de negócios orientado ao mercado, internacionalizado e com base nas leis.
A China defende a melhora das normas da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que não significa começar de novo, mas sim o trabalhar sobre a base das normas da organização já existentes, assinalou o premiê.
De acordo com Li, os conceitos essenciais da OMC, incluindo a ideia de livre comércio, devem ser respeitados. Com o apoio popular, o livre comércio trouxe o desenvolvimento pacífico e a prosperidade para a humanidade e deve ser a base para promover o comércio justo, acrescentou.
Os interesses dos países em desenvolvimento devem ser respeitados e cuidados plenamente, e se deve reduzir a brecha entre o Norte e o Sul. Sem resolver o problema do desenvolvimento, os países desenvolvidos também se verão afetados, alertou Li.
Por outro lado, Juncker disse que a UE e a China são poderes indispensáveis globais para o mundo e assumem maior responsabilidade em salvaguardar o multilateralismo. Ambas as partes apoiam a solução dos problemas através das consultas multilaterais.
As duas partes trocaram regularmente pontos de vista sobre as reformas da OMC e concordam que as mudanças devem se ater ao multilateralismo e às normas básicas da organização, afirmou Juncker.
Segundo ele, a UE valoriza o importante papel da China na luta contra a mudança climática e trabalhará junto com o país para impulsionar a implementação do Acordo de Paris.
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