Cientistas americanos e chineses identificam nova rota química da poluição do ar na China

2018-10-20 13:35:17丨portuguese.xinhuanet.com

Washington, 18 de outubro (Xinhua) -- Pesquisadores norte-americanos e chineses propuseram controlar um novo poluente para reduzir a poluição atmosférica extrema na China.

O estudo publicado na quinta-feira na revista Geophysical Research Letters mostrou que a chave para reduzir a poluição do ar no inverno no país seria reduzir as emissões de formaldeído.

"Mostramos que as políticas destinadas a reduzir as emissões de formaldeído podem ser muito mais eficazes na redução da névoa extrema do inverno do que as políticas destinadas a reduzir apenas o dióxido de enxofre", disse Jonathan M. Moch, estudante da Faculdade John A. Paulson de Engenharia e Ciências Aplicadas (SEAS, na sigla em inglês) de Harvard e autor principal do artigo.

Durante os dias de poluição do ar particulado especialmente alta ou PM 2.5 em Pequim, os compostos de enxofre aumentaram significativamente, o que tende a ser interpretado como sulfato, então a China normalmente se concentra na redução do dióxido de enxofre.

Embora o dióxido de enxofre no leste da China tenha diminuído substancialmente desde 2005, a poluição do ar particulado não foi erradicada.

Os pesquisadores descobriram que os instrumentos usados ​​para analisar partículas de poluição podem interpretar mal os compostos de enxofre como sulfato, quando estes são moléculas de sulfonato de hidroximetano (HMS, na sigla em inglês).

HMS é formado pela reação de dióxido de enxofre com formaldeído em nuvens ou gotículas de neblina. O formaldeído é um gás de cheiro forte, usado especialmente para preservar partes de animais ou plantas para estudo biológico.

Os pesquisadores demonstraram que as moléculas de HMS podem constituir uma grande parte dos compostos de enxofre observados em PM2.5 na névoa de inverno. Isso ajudaria a explicar a persistência de eventos extremos de poluição do ar, apesar da redução do dióxido de enxofre ou SO2, de acordo com eles.

As fontes primárias de emissões de formaldeído no leste da China são veículos e grandes instalações industriais, como refinarias químicas e de petróleo, segundo o estudo.

"Nosso trabalho sugere um papel-chave para este caminho químico negligenciado durante episódios de poluição extrema em Pequim", disse Loretta J. Mickley, pesquisadora sênior da SEAS da Harvard.

O estudo foi um esforço colaborativo com a Universidade de Harvard, a Universidade de Tsinghua e o Instituto de Tecnologia de Harbin.

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