Haddad denuncia Bolsonaro ao Tribunal Eleitoral do Brasil por abuso de poder econômico

2018-10-19 15:08:18丨portuguese.xinhuanet.com

Brasília, 18 out (Xinhua) -- A coalizão O Povo Feliz de Novo, do candidato a presidente brasileiro Fernando Haddad, apresentou nesta quinta-feira perante o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral contra a candidatura de Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), pelo crime de abuso de poder econômico.

A ação se refere à suposta disseminação de "disparos em massa" de notícias falsas pelo aplicativo de mensagens Whatsapp, de acordo com uma denúncia publicada na edição de quinta-feira do jornal Folha de São Paulo.

Além do presidenciável da extrema direita, a ação envolve seu candidato a vice-presidente, General Hamilton Mourão, e um grupo de empresas que teriam participado do esquema.

Os supostos implicados são o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan e as empresas Quick Mobile Desenvolvimento e Serviços Ltda., Yacows Desenvolvimento de Software Ltda., Croc Services Soluções de Informática SL, Smsmarket, Soluções Inteligentes Ltda e o Whatsapp Inc, que pertence ao Facebook.

A denúncia afirma que os acusados contrataram empresas de disparos em massa de mensagens que lançaram pacotes de notícias falsas contra o Partido dos Trabalhadores de Haddad e a coalizão O Povo Feliz de Novo.

A acusação diz que houve "doação de pessoa jurídica, utilização de perfis falsos para propaganda eleitoral e compra irregular de cadastros de usuários", o que configura crime eleitoral.

Segundo a petição, "fica claro o abuso de poder econômico, na medida em que a campanha do candidato representado ganha reforço financeiro não demonstrado nos gastos oficiais de arrecadação eleitoral e, possivelmente, tem origem proibida (pessoa jurídica)".

Depois dos escândalos que mostraram o financiamento ilegal de campanha conhecido como "Caixa 2" em eleições anteriores, uma nova legislação estabeleceu para esta eleição a proibição da doação de fundos por parte de empresas privadas aos candidatos.

Segundo a investigação da Folha de São Paulo, cada contrato para disparar mensagens em massa teria custado R$ 12 milhões (US$ 3,2 milhões).

A denúncia indicou ainda que as agências de disparo de mensagens em massa via Whatsapp lançariam uma grande operação de propaganda por esse meio nos últimos dias da próxima semana, nas vésperas do segundo turno eleitoral previsto para 28 de outubro.

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