Bolsonaro defende linha dura contra assassinatos e anuncia que extraditará o italiano Cesare Battisti

Rio de Janeiro, 16 out (Xinhua) -- O candidato à Presidência Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal (PSL), afirmou neste terça-feira que se vencer o segundo turno das eleições, no próximo dia 28 de outubro, defenderá a aplicação de penas duras contra assassinos e anunciou que extraditará o italiano Cesare Battisti, a quem o governo brasileiro concedeu asilo em 2010.

"Como parlamentar, propus penas mais severas para crimes passionais, independente do sexo. As mulheres são as maiores vítimas desses crimes, que também afetam os homossexuais. Continuarei defendendo que todos somos iguais perante a lei e que os assassinos sejam duramente castigados", afirmou Bolsonaro em seu perfil no Twitter.

O candidato da extrema direita tem entre suas propostas a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, e a permissão para que a população possa se armar como forma de defesa.

Em outro "post", Bolsonaro assegurou que extraditará "imediatamente" o italiano Cesare Battisti, de 63 anos, condenado em seu país à prisão perpétua por envolvimento na morte de quatro pessoas quando era membro de um grupo da extrema esquerda. Battisti recebeu a autorização para permanecer no Brasil por parte do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva em seu último dia de mandato (31 de dezembro de 2010).

"Como já foi citado, reafirmo aqui meu compromisso de extraditar imediatamente o terrorista Cesare Battisti, amado pela esquerda brasileira, caso eu vença as eleições. Mostraremos ao mundo nosso total repúdio e emprenho no combate ao terrorismo. O Brasil merece respeito", afirmou o candidato da extrema direita.

Ano passado, a Itália voltou a pedir ao governo brasileiro que reconsiderasse a decisão de manter Battisti em seu território, mas o pedido foi rejeitado pelo governo de Michel Temer.

Bolsonaro é o favorito nas pesquisas para presidente. Segundo a mais recente, divulgada na segunda-feira pelo instituto Ibope, ele conquistaria 59% dos votos válidos, contra 41% de seu rival, o candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) Fernando Haddad.