Cuba denuncia hostilidade dos EUA antes da votação da ONU sobre bloqueio

2018-10-16 20:36:59丨portuguese.xinhuanet.com

Havana, 14 out (Xinhua) -- Cuba denunciou no domingo a crescente hostilidade dos EUA em relação à ilha duas semanas antes de a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovar uma resolução não vinculativa pedindo o fim do bloqueio de quase seis décadas sobre o país caribenho.

Nos últimos meses, Washington intensificou a "retórica hostil" contra a ilha para criar uma tensão bilateral maior, disse um comunicado de Carlos Fernandez de Cossio, diretor de assuntos americanos no Ministério das Relações Exteriores de Cuba.

"Longe de discutir com base no respeito, o governo dos EUA recorre a acusações fraudulentas e campanhas difamatórias", disse o comunicado, acrescentando que Washington continua a "fabricar" falsas acusações contra Havana, como incidentes de saúde que afetaram o pessoal diplomático dos EUA em Cuba.

Em agosto de 2017, houve relatos de que os diplomatas norte-americanos e canadenses em Cuba haviam adoecido em Havana no final de 2016. Os Estados Unidos acusaram Cuba de cometer ataques não especificados à saúde.

Após meses de investigação, as agências de segurança dos dois países demonstraram que os supostos ataques nunca ocorreram.

Fernandez de Cossio disse que a Casa Branca parece defender de qualquer maneira o bloqueio econômico unilateral a Cuba, uma política rejeitada pela comunidade internacional ano após ano na ONU.

Em 31 de outubro, Havana apresentará pela 27ª vez consecutiva perante a Assembleia Geral da ONU uma resolução não vinculante que condena a política de embargo unilateral.

No ano passado, apenas os Estados Unidos e Israel se opuseram à resolução, enquanto 191 países condenaram a política antiquada de Washington em relação à nação caribenha.

Havana e Washington retomaram oficialmente laços diplomáticos em 2015 sob o governo Obama. No entanto, as relações bilaterais se deterioraram desde que o presidente dos EUA, Donald Trump, assumiu o cargo.

No ano passado, Trump assinou um memorando presidencial que endurece a política dos EUA em relação a Cuba, um documento que proíbe empresas dos EUA de fazer negócios com empresas associadas às forças armadas de Cuba e restringe as viagens dos cidadãos dos EUA ao país caribenho.

Em seu relatório anual à ONU, Havana observou que o embargo custa a Cuba bilhões, com perdas que somaram mais de 4,3 bilhões de dólares entre abril de 2017 e março deste ano.

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