Entrevista: Argentina quer aproveitar grandes oportunidades da Exposição de Importação da China

2018-10-15 17:45:44丨portuguese.xinhuanet.com

Buenos Aires, 14 out (Xinhua) -- O diretor de comércio internacional da Agência de Promoção de Investimentos e Exportações da Argentina (AAICI), Alejandro Wagner, revelou que o país está se preparando para aproveitar ao máximo a grande oportunidade da primeira Exposição Internacional de Importação da China (CIIE,na sigla em inglês).

Ele descreveu o evento, que será realizado em Shanghai de 5 a 10 de novembro, como um marco para mostrar os bens exportáveis e as atrações culturais da Argentina.

"Essa atividade é muito importante, não apenas por causa da sua escala, mas também porque o evento é promovido pelo governo chinês", apontou Wagner, adicionando que 50 empresas argentinas participarão da exposição.

Segundo o funcionário, a atividade vai construir pontes entre as distâncias físicas e culturais dos dois países.

A exposição apresentará um núcleo de pavilhões nacionais, incluindo um Pavilhão da Argentina de 132 metros quadrados projetado pelo governo.

"O pavilhão tem como objetivo reunir todos os participantes, instituições e agências do Estado que vão representar o país na atividade, bem como os ministros que vão comparecer e realizar reuniões bilaterais", afirmou ele.

O pavilhão da Argentina, sem dúvida, oferecerá aos visitantes diversas experiências, "desde atividades culturais, como tango, até um bar onde eles poderão provar vinhos argentinos".

As províncias argentinas, como Santa Fé, Córdoba e Mendoza, enviarão representantes para "mostrar as ofertas exportáveis", mencionou.

"Duas vezes por dia, haverá um show de tango, para que essa atividade cultural tão popular na Argentina, tão conhecida e apreciada entre os chineses, sirva como uma importante plataforma para fazer negócios", destacou Wagner.

Os produtos agrícolas argentinos têm grande potencial de exportação na China, desde vinícolas até produtores de mel, azeite, carne bovina, arroz e grão-de-bico, disse ele.

Wagner espera que, através dos quatro produtos argentinos mais populares na China (carne, frango, peixe e vinho), o povo chinês possa se apaixonar por mais produtos do país sul-americano.

"A Argentina tem potencial para atender às expectativas da China".

O país quer introduzir produtos lácteos, como diferentes tipos de queijo, no mercado chinês, que são "altamente valorizados pelo povo chinês e produzidos com alta qualidade pela Argentina", enfatizou ele.

Os dois países estão atualmente em negociações sobre o mel, cujo acesso ao mercado da China "é iminente", disse Wagner, acrescentando que os produtores estão dispostos a fazer algumas melhorias nas embalagens para melhor atender o mercado local.

A exposição será realizada sob os prósperos laços bilaterais entre os dois países. "Nosso relacionamento é excelente e queremos desenvolvê-lo apresentando mais de nossos produtores nesta exposição, uma porta de entrada para as empresas argentinas no mercado chinês", afirmou.

O setor produtivo da Argentina tem "grandes esperanças" de ver a expansão dos intercâmbios entre os dois países "porque hoje em dia, na China, o consumo de alimentos de alta qualidade é uma realidade inquestionável", disse Wagner.

Ele expressou sua confiança nesta exposição, pois será uma vitrine não só para a Argentina, mas também para o mundo, já que centenas de países marcarão presença.

"O momento não poderia ser melhor", acrescentou, referindo-se ao atual clima de incerteza no comércio global, devido à crescente tendência protecionista dos Estados Unidos, a maior economia do mundo.

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