Mulheres que sofrem de dor após o parto têm maior risco de depressão pós-parto: estudo
São Francisco, 14 de outubro (Xinhua) -- As mulheres que sofrem com dor após o parto têm maior probabilidade de desenvolver depressão pós-parto, afirmou um novo estudo no domingo.
Os resultados mais recentes da pesquisa, revelados em uma reunião anual da Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA), realizada no centro de São Francisco nos dias 13 a 17 de outubro, pela primeira vez diferenciam a dor pós-parto da dor do trabalho de parto e do parto, identificando-a como principal culpada da depressão pós-parto.
O estudo, liderado por Jie Zhou, seu principal autor e professor assistente de anestesia no Brigham and Women's Hospital e Harvard Medical School, em Boston, fez uma análise detalhada da parte específica do processo de trabalho e concluiu que a depressão pós-parto está mais ligada com a dor após o parto, em vez de antes ou durante o parto.
"Por muitos anos, temos nos preocupado sobre como lidar com a dor do parto, mas a dor após o trabalho de parto e o parto muitas vezes são negligenciados", disse Zhou.
A equipe de pesquisadores de Zhou examinou as graduações de dor calculadas desde o início do trabalho de parto até a alta hospitalar de 4.327 mães de primeira viagem que pariram um único filho, tanto por parto vaginal quanto cesáreo, no Hospital Brigham and Women, entre 1º de junho de 2015 e 31 de dezembro de 2017.
Eles descobriram que a depressão pós-parto estava significativamente relacionada com os maiores graus de dor pós-parto, particularmente entre o grupo de mulheres que fizeram parto por cesariana.
Cerca de uma em cada nove mulheres que apresentam depressões pós-parto muitas vezes experimentaram sintomas de extrema tristeza, baixa energia, ansiedade, episódios de choro, irritabilidade e mudanças nos padrões de sono ou alimentação, estatísticas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.
O estudo de Zhou indica que a depressão pós-parto ocorre mais frequentemente entre mulheres que estão com sobrepeso ou obesas, sofrendo de um períneo dilacerado, com histórico de depressão, ansiedade ou dor crônica ou com uma condição menos saudável de seus bebês recém-nascidos.
"Nossa pesquisa sugere que precisamos nos concentrar mais em ajudar as novas mães a controlar a dor depois que o bebê nasce", disse Zhou, ressaltando a importância do controle da dor durante a recuperação.
Fundada em 1905, a ASA é uma sociedade educacional, científica e de pesquisa com mais de 52.000 membros comprometidos em manter os padrões da prática médica da anestesiologia.
A conferência anual, ANESTESIOLOGIA 2018, é um evento com o objetivo de unir pesquisa e tecnologia ao atendimento ao paciente, facilitando a colaboração presencial com mais de 14.000 pares, líderes de pensamento e provedores de anestesia de mais de 80 países, de acordo com o site da conferência.
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