China lançará primeiro satélite para detecção de onda gravitacional com base espacial no próximo ano
Beijing, 15 out (Xinhua) -- A China planeja lançar seu primeiro satélite para testar as tecnologias do projeto de pesquisa de onda gravitacional baseada no espaço, Tianqin, até o final de 2019.
O projeto Tianqin, que significa "harpa no céu", foi iniciado pela Universidade Sun Yat-sen na Província de Guangdong, sul da China, em 2015. E consiste em três satélites formando um triângulo em torno da Terra.
"É como uma harpa no espaço. Se as ondas gravitacionais se aproximarem, as cordas da harpa vibrarão", disse Luo Jun, presidente da Universidade Sun Yat-sen e acadêmico da Academia Chinesa de Ciências, em uma conferência recentemente realizada em Guangzhou, capital da Província de Guangdong.
A detecção será baseada na tecnologia de interferometria de laser de alta precisão para medir as alterações de distância e localização dos três satélites, de acordo com Luo.
As ondas gravitacionais são "ondulações" no tecido de espaço-tempo causadas por alguns dos processos mais violentos e energéticos no universo. Albert Einstein previu a existência das ondas gravitacionais em 1916, em sua teoria da relatividade.
A primeira descoberta das ondas gravitacionais pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (LIGO), dos EUA, anunciada em fevereiro de 2016 estimulou os cientistas de todo o mundo a correr com suas pesquisas.
Diferente do LIGO, as sondas baseadas no espaço serão usadas para detectar as ondas gravitacionais através da formação de buracos negros massivos ou supermassivos, de acordo com os cientistas.
A Agência Europeia Espacial também lançou um programa de detecção de onda gravitacional baseada no espaço, o projeto Antena Espacial de Interferometria de Laser.
Luo admitiu que mesmo que a China tenha alcançado certos progressos na tecnologia de detecção, ainda há uma grande lacuna para realizar a detecção baseada no espaço de ondas gravitacionais.
O ajuste do alcance a laser é uma das tecnologias necessárias para a detecção. A China realizou o primeiro ajuste de alcance bem sucedido entre a Terra e a Lua em janeiro deste ano.
O satélite retransmissor da sonda lunar Chang'e-4 da China, lançado em maio deste ano, está levando um refletor desenvolvido pela Universidade Sun Yat-sen, e vai estender o alcance a laser a uma distância recorde de 460 mil quilômetros em 2019.
Cientistas da Alemanha, Itália e Rússia expressaram o desejo de cooperar com a China na detecção de ondas gravitacionais.
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