Grécia discute questão dos refugiados com comissário europeu antes da cúpula informal da UE

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras (e), cumprimenta o comissário europeu para a Migração, Assuntos Internos e Cidadania, Dimitris Avramopoulos, no Gabinete do primeiro-ministro em Atenas, Grécia, em 19 de setembro de 2018. Tsipras e Avramopoulos tiveram a oportunidade de discutir sobre a questão dos refugiados que continua a preocupar a União Europeia. (Xinhua/Marios Lolos)

Por Maria Spiliopoulou

Atenas, 19 set (Xinhua) -- O governo grego discutiu na quarta-feira a gestão do desafio dos refugiados com a visita do Comissário Europeu para a Migração, Assuntos Internos e Cidadania, Dimitris Avramopoulos, antes de uma cúpula informal da UE que terá lugar em Salzburgo, na Áustria, na quinta feira.

Questões relacionadas com a gestão dos fluxos de refugiados no próximo período, a Declaração UE-Turquia de 2016 e a coordenação entre as autoridades gregas encarregadas da migração e a Comissão Europeia estiveram na ordem do dia, de acordo com uma declaração emitida pelo gabinete do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, depois do encontro.

A migração é um problema europeu e deve ser enfrentada pela Europa com base na solidariedade e na partilha justa de responsabilidades, com respeito ao Direito Internacional, destacou Tsipras em Salzburg, informou a agência de notícias nacional grega AMNA, citando fontes governamentais.

As mesmas fontes disseram que Tsipras irá destacar a necessidade de a Europa fornecer uma solução abrangente para o problema.

O primeiro-ministro deverá salientar, entre outros, a necessidade de uma rápida modernização do serviço europeu de asilo para acelerar o exame das candidaturas, bem como a necessidade de abordar as causas profundas da migração e fornecer apoio substancial ao desenvolvimento dos países de origem na Ásia e na África.

A Grécia está à frente da crise dos refugiados e migrantes desde o início de 2015. Mais de 1 milhão de pessoas desembarcaram nas costas gregas e continuaram sua jornada para o centro e norte da Europa até o fechamento das fronteiras na rota dos Balcãs, em março de 2016.

Embora as chegadas tenham sido reduzidas desde então, após o acordo entre a UE e a Turquia para conter o afluxo, dezenas de pessoas continuam a arriscar a vida para atravessar o mar Egeu a partir da costa da Turquia para chegar à Grécia.

Cerca de 60.000 refugiados e migrantes estão atualmente presos na Grécia, segundo dados oficiais.