Plano de austeridade do futuro governo mexicano pode afetar emprego e gastos do consumidor, afirma Moody's

2018-09-19 16:22:33丨portuguese.xinhuanet.com

Cidade do México, 18 set (Xinhua) -- O plano do futuro governo do México de reduzir a burocracia e salários, incluindo o do presidente, pode ter um impacto imediato no emprego e nos gastos do consumidor, afirmou, na terça-feira, a consultoria Moody's Analytics.

Em seu relatório, "México, no ciclo de transição política", a Moody's Analytics disse que, durante 2019, a economia mexicana enfrentará a fase tradicional de desaceleração que ocorre durante o primeiro ano de um novo governo.

"E, além disso, o novo governo anunciou planos para reduzir a burocracia de forma significativa, especialmente em cargos de alto escalão, durante o primeiro ano", disse Alfredo Coutino, diretor da empresa para a América Latina e autor do relatório.

"Tudo isso terá um impacto imediato no desemprego e nos gastos do consumidor, o que por sua vez afetará a demanda doméstica e poderá agravar a desaceleração em 2019", disse ele.

A economia mexicana, a segunda maior da América Latina, começou a experimentar uma desaceleração durante o segundo semestre de 2018, uma vez que o governo de saída continha gastos e novas contratações, disse Coutino.

Mas, apesar disso, o Produto Interno Bruto (PIB) do México pode crescer cerca de 2% em 2018, o mesmo nível de 2017, segundo Coutino.

"Em 2019, a economia estará sujeita aos efeitos da contração que vem com a transição política", disse ele.

"Durante o início de um novo governo, sempre há um atraso na implementação de um novo orçamento federal", disse Coutino.

O presidente eleito, Andrés Manuel López Obrador, disse que reduzirá seu salário em 60%, ajustará os salários e benefícios de cerca de 35 mil funcionários do governo e reduzirá o tamanho do governo.

López Obrador, do Partido Morena, de esquerda, assumirá o cargo em 1º de dezembro.

Desta vez, o período de ajuste para a economia pode demorar um pouco mais devido ao fato de que o novo governo tem um gabinete econômico com menos experiência, disse Coutino.

"Tudo isso será refletido na desaceleração usual da atividade econômica durante o primeiro ano do novo governo", disse ele.

"Por esse motivo, o crescimento econômico projetado será reduzido para cerca de 1,5% em 2019", disse Coutino.

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