Haddad: Lula rejeita ideia de eventual indulto presidencial para sair da prisão

2018-09-18 15:25:42丨portuguese.xinhuanet.com

Brasília, 17 set (Xinhua) -- O candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou a ideia de ser indultado caso ele vença as eleições de outubro, porque quer "ser absolvido pela Justiça".

Em uma entrevista online, divulgada pelo portal UOL, Haddad destacou que a hipótese de indulto a Lula, especulada pela imprensa durante a campanha, chegou ao conhecimento do ex-presidente e que ele escreveu uma carta se manifestando a respeito.

Lula está preso em Curitiba, desde 7 de abril cumprindo uma condenação de 12 anos e um mês, por suposta corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Segundo Haddad, Lula disse que não troca sua "dignidade pela liberdade" e quer ser absolvido pelos tribunais superiores.

"Acredito que se fará justiça, que ele vai ser absolvido, até porque isso não está mais apenas no âmbito nacional e sim no internacional", declarou Haddad, em alusão à demanda sobre o caso, apresentada pelo PT à ONU.

Para o PT, o ex-presidente é vítima de uma perseguição do Poder Judiciário, que tem o objetivo de excluí-lo do processo eleitoral.

Sobre a possibilidade de Lula não ser absolvido pelos tribunais superiores após as eleições, Haddad disse que não lhe agrada "trabalhar com hipóteses nas quais não acredito".

Ao ser novamente questionado sobre a possibilidade de indulto, o candidato criticou o processo contra Lula. "Li o processo, a acusação, a sentença e o acordão e quero dizer aquele processo não tem sustentação. Não é Haddad dizendo, mas centenas de juristas que se debruçaram sobre o processo", declarou.

O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação de Lula se referiu ao ex-presidente como "o maior presidente da história do Brasil" e "grande estadista" e atribuiu à suposta tentativa de se "criarem falsos antagonismos", as dúvidas sobre quem de fato governaria em seu eventual mandato.

"Considero ele um grande mentor e ele terá (em meu eventual governo) um papel destacado de conselheiro", disse Haddad que também admitiu que caso vença o pleito, manterá a agenda de visitas ao ex-presidente na prisão.

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