Pílulas de açúcar aliviam dor em pacientes com dor crônica, diz estudo

2018-09-17 10:50:39丨portuguese.xinhuanet.com

Chicago, 15 set (Xinhua) -- Pesquisadores do Departamento de Medicina da Northwestern University (NU) agora podem prever com segurança quais pacientes com dores crônicas responderão a uma pílula de placebo com base na anatomia e características psicológicas do cérebro dos pacientes.

Isso significa que, algum dia, os médicos podem prescrever pílulas de açúcar para certos pacientes com dor crônica com base em sua anatomia e psicologia do cérebro, e as pílulas reduzirão sua dor tão eficazmente quanto qualquer droga poderosa no mercado.

Pesquisadores da NU separaram aleatoriamente cerca de 60 pacientes com dor crônica em dois grupos de estudo. Em um grupo, os participantes não sabiam se recebiam a droga ou o placebo. Os pesquisadores não estudaram as pessoas que receberam a droga verdadeira. O outro grupo do estudo incluiu pessoas que vieram à clínica, mas não receberam nem placebo nem medicamento. Eles eram o grupo de controle.

Os indivíduos cuja dor diminuiu como resultado da pílula de açúcar tinham uma anatomia cerebral e traços psicológicos semelhantes. O lado direito de seu cérebro emocional era maior que o esquerdo, e eles tinham uma área sensorial cortical maior do que as pessoas que não respondiam ao placebo. Os pacientes com dor crônica que responderam positivamente ao placebo também eram emocionalmente autoconscientes, sensíveis a situações dolorosas e conscientes de seu ambiente.

"Os médicos que estão tratando pacientes com dor crônica devem considerar seriamente que alguns terão uma resposta tão boa a uma pílula de açúcar quanto qualquer outro medicamento", disse o autor sênior do estudo, A. Vania Apkarian, professor de fisiologia da NU Feinberg School of Medicine. "Isso abre um campo totalmente novo."

Os pesquisadores disseram que há três benefícios potenciais dos resultados: prescrever drogas não-ativas em vez de drogas ativas; eliminar o efeito placebo dos ensaios com drogas; reduzir os custos com cuidados de saúde.

O estudo foi publicado no dia 12 de setembro na Nature Communications.

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