Presidente Trump autoriza sanções contra intromissão nas eleições dos EUA
Washington, 12 set (Xinhua) -- O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva na quarta-feira para punir qualquer interferência estrangeira nas eleições norte-americanas, uma tentativa recente do governo de mostrar sua resolução para combater a interferência eleitoral.
O pedido vai direcionar a comunidade de inteligência a avaliar se algum indivíduo, entidade ou país estrangeiro interferiu em uma eleição nos EUA, disse o diretor de Inteligência Nacional, Dan Coats, a repórteres em uma teleconferência realizada na quarta-feira, ao meio-dia.
Depois de um período de avaliação de até 45 dias, as informações coletadas serão passadas ao Departamento de Justiça e ao Departamento de Segurança Interna, que também têm 45 dias para decidir se devem seguir adiante com as sanções, explicou o Assessor de Segurança Nacional, John Bolton, que articulou a chamada.
As sanções serão automaticamente acionadas se qualquer interferência estrangeira for encontrada, disse Coats, acrescentando que os departamentos dos Estados Unidos e do Tesouro, compartilhando as informações de inteligência, podem impor sanções adicionais "se as sanções automáticas que consideramos não forem suficientes".
As sanções podem incluir o bloqueio dos ativos dos indivíduos e entidades dentro da jurisdição dos EUA, proibindo indivíduos e entidades dos EUA de realizar transações ou investir nas entidades envolvidas.
Bolton, descrevendo a ordem como um mandato que "vai para qualquer ação tomada com a intenção de interferir na eleição", também disse que não era "específico do país".
A ordem veio semanas antes das eleições de metade de mandato dos EUA, que serão realizadas em novembro.
Robert Mueller, um conselheiro especial, tem investigado a suposta interferência russa na eleição presidencial dos EUA em 2016 e qualquer possível conluio entre a campanha de Trump e Moscou, uma alegação que foi negada tanto por Moscou, quanto pelo próprio Trump.
Trump denunciou repetidamente a investigação de Muller como uma "caça às bruxas". Enquanto isso, a administração Trump foi atacada por legisladores dos EUA por não ser forte o suficiente contra a Rússia depois que a comunidade de inteligência dos EUA concluiu que Moscou influenciou as eleições de 2016.
Os senadores Marco Rubio e Chris Van Hollen disseram em uma declaração conjunta, na quarta-feira, que a ordem recém assinada "reconhece a ameaça, mas não vai longe o suficiente para resolvê-la".
"Os Estados Unidos podem e devem fazer mais", disseram eles.
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