Centrais sindicais protestam no Brasil contra reformas e pedem a liberdade de Lula

2018-08-11 16:09:56丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 10 ago (Xinhua) -- Oito das principais centrais sindicais do Brasil protestaram nesta sexta-feira em 14 capitais do país contra o desemprego, a reforma trabalhista e a reforma da Previdência Social que o governo pretende aprovar e pediram também a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde 7 de abril.

Convocada sob o lema "Dia do Basta", a manifestação foi organizada entre outras pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores de Brasil (CTB), Central dos Sindicatos do Brasil (CSB), Nova Central, Intersindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e CSP Conlutas. A maior mobilização foi em São Paulo.

Na maior cidade do país, cerca de 5.000 pessoas, segundo os organizadores, se manifestaram na famosa Avenida Paulista, coração financeiro de São Paulo, diante do prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), onde vários líderes discursaram e perguntaram onde estão os empregos que deviam ser gerados com a reforma trabalhista aprovada ano passado pelo Congresso.

O presidente da UGT, Ricardo Patah, assegurou que "a reforma nos deixou uma precariedade de trabalho nunca vista antes", com muito trabalho intermitente, que é equivalente à escravidão".

Por sua vez, o presidente da CUT, Vagner Freitas, pediu a revogação da reforma trabalhista e que se protejam as pensões dos servidores públicos, além de criticar o preço da gasolina, do gás e das contas de luz.

A reforma da Previdência Social, que entre outras coisas pretende aumentar a idade para a aposentadoria, também foi um dos alvos dos manifestantes. A reforma, considerada chave pelo governo para sanear as contas públicas, não conseguiu ser aprovada ano passado, por falta de apoio no Congresso.

Em seguida, os manifestantes se dirigiram à sede da Petrobras, localizada na mesma Avenida Paulista, para protestar contra a privatização das empresas públicas.

Em vários momentos do protesto, os manifestantes pediram aos gritos a liberdade do ex-presidente Lula, que cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão por acusação de supostas corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Lula foi oficializado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) como candidato à presidência nas eleições de outubro, embora, segundo a lei brasileira, uma pessoa condenada em segunda instância não pode candidatar-se a um cargo eletivo, o que torna sua candidatura virtualmente improvável.

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