Taxa da inflação no México atinge alta de quatro meses

Cidade do México, 9 ago (Xinhua) -- A taxa de inflação mexicana subiu para 4,81% em julho, a mais alta em quatro meses, informou o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) nesta quinta-feira.

O aumento foi impulsionado pelos preços mais altos da gasolina, bem como pelo preço dos tomates verdes.

O valor de julho foi superior aos 4,65% registrados em junho, e a maior taxa desde março, quando atingiu 5,04%, segundo o Inegi.

O Banco Central do México tem uma meta permanente de inflação de 3%, com uma margem de 1% para cima ou para baixo.

Em seu relatório mensal, o Inegi indicou que o índice nacional de preços ao consumidor subiu 0,54% em julho.

Entre os produtos que contribuíram para a maior taxa estavam o gás com baixa octanagem, cujo preço subiu 1,81%, e o tomate verde, que registrou um aumento de preço de 49,69% em julho em relação ao mês anterior.

Por outro lado, o preço do frango caiu 3,27% durante o mês, enquanto o preço dos ovos caiu 3,19% no mesmo período, segundo o Inegi.

A inflação subjacente, o ponto de referência usado nas decisões de política monetária do banco central, foi de 0,29% em julho, colocando o índice anual em 3,63%.

O grupo financeiro Citibanamex disse, em uma nota aos clientes, que o aumento nos preços da energia poderia continuar nos próximos meses.

"Mas até agora, não vemos impactos significativos nos preços de outros produtos", disse o Citibanamex.

De fato, o Citibanamex espera que julho atinja o pico da inflação, o que significa que poderá haver uma correção e fechar o ano em 4,2%.

Em 2 de agosto, o banco central disse que a inflação poderia continuar em alta devido à incerteza provocada pela renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).

Equipes de negociação do México, Canadá e Estados Unidos estão buscando acelerar o processo iniciado em agosto do ano passado.