China restaura a população de tigre siberiano através de criação em cativeiro

2018-07-30 19:09:54丨portuguese.xinhuanet.com

Harbin, 30 jul (Xinhua) -- O domingo marcou o Dia Internacional do Tigre. O maior centro de criação de tigre siberiano do mundo, no nordeste da China, há tempos sonha em liberar os felinos criados em cativeiro para restaurar a população.

Tigres siberianos, também conhecidos como tigre de Amur, vivem principalmente no leste da Rússia, nordeste da China e norte da península coreana. Segundo a pesquisa, sendo uma das espécies mais ameaçadas do mundo, menos de 500 tigres siberianos vivem em estado selvagem, com apenas 20 na China.

Jiang Guangshun, vice-diretor do centro de pesquisa do felino da Administração Nacional dos Recursos Florestais e Pastos, espera que a população da espécie selvagem na China chegue a 100 até 2050. "Mas isso não é rápido o suficiente para restaurar a população selvagem. Nós planejamos enviar mais animais criados para o ambiente selvagem após o treinamento para acelerar o processo."

Em 1986 a China iniciou o programa de reprodução em cativeiro. Naquela época, o centro de reprodução do felino em Hengdaohezi, nos subúrbios de Harbin, capital da Província de Heilongjiang, tinha apenas oito tigres. Hoje o centro abriga mais de mil.

Depois de 32 anos, cresce a quarta geração de tigres criados e o centro aplica métodos rigorosos para evitar o acasalamento consanguíneo. A base de dados inclui árvores genealógicas para cada animal.

Entre 2011 e 2015, o parque ajudou os tigres a procriarem na natureza e agora está selecionando os tigres adequados para serem liberados no futuro.

"Precisamos ter certeza de que os animais criados podem se reproduzir naturalmente e seus descendentes conseguirem sobreviver", disse Liu Dan, vice-diretor do centro.

O treinamento ajudou os tigres criados a se adaptarem à vida selvagem, bem como promoverem suas habilidades de correr, caçar e se acasalar, revelou Liu.

Lançada em 1998, um projeto de proteção florestal melhorou muito os ecossistemas no nordeste da China, criando muitos habitats para os tigres. A derrubada comercial de árvores foi proíbida no nordeste deste 2015. Com um ambiente melhor, mais tigres vivem na região.

Além disso, um parque nacional de 14,6 mil quilômetros quadrados para tigres siberianos e leopardos de Amur foi aberto em Heilongjiang e na província vizinha de Jilin em julho do ano passado.

O parque será concluído em 2020 e o sistema de monitoramento cobrirá a área inteira, com mais de 100 mil câmeras coletando dados sobre vida selvagem dos animais.

Em fevereiro, a China começou a monitorar o habitat dos tigres e leopardos de Amur. Mais de 100 dispositivos de monitoramento foram instalados em Hunchun, na Província de Jilin, cobrindo uma área de 500 quilômetros quadrados onde as duas espécies são vistas frequentemente.

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