China restaura a população de tigre siberiano através de criação em cativeiro
Harbin, 30 jul (Xinhua) -- O domingo marcou o Dia Internacional do Tigre. O maior centro de criação de tigre siberiano do mundo, no nordeste da China, há tempos sonha em liberar os felinos criados em cativeiro para restaurar a população.
Tigres siberianos, também conhecidos como tigre de Amur, vivem principalmente no leste da Rússia, nordeste da China e norte da península coreana. Segundo a pesquisa, sendo uma das espécies mais ameaçadas do mundo, menos de 500 tigres siberianos vivem em estado selvagem, com apenas 20 na China.
Jiang Guangshun, vice-diretor do centro de pesquisa do felino da Administração Nacional dos Recursos Florestais e Pastos, espera que a população da espécie selvagem na China chegue a 100 até 2050. "Mas isso não é rápido o suficiente para restaurar a população selvagem. Nós planejamos enviar mais animais criados para o ambiente selvagem após o treinamento para acelerar o processo."
Em 1986 a China iniciou o programa de reprodução em cativeiro. Naquela época, o centro de reprodução do felino em Hengdaohezi, nos subúrbios de Harbin, capital da Província de Heilongjiang, tinha apenas oito tigres. Hoje o centro abriga mais de mil.
Depois de 32 anos, cresce a quarta geração de tigres criados e o centro aplica métodos rigorosos para evitar o acasalamento consanguíneo. A base de dados inclui árvores genealógicas para cada animal.
Entre 2011 e 2015, o parque ajudou os tigres a procriarem na natureza e agora está selecionando os tigres adequados para serem liberados no futuro.
"Precisamos ter certeza de que os animais criados podem se reproduzir naturalmente e seus descendentes conseguirem sobreviver", disse Liu Dan, vice-diretor do centro.
O treinamento ajudou os tigres criados a se adaptarem à vida selvagem, bem como promoverem suas habilidades de correr, caçar e se acasalar, revelou Liu.
Lançada em 1998, um projeto de proteção florestal melhorou muito os ecossistemas no nordeste da China, criando muitos habitats para os tigres. A derrubada comercial de árvores foi proíbida no nordeste deste 2015. Com um ambiente melhor, mais tigres vivem na região.
Além disso, um parque nacional de 14,6 mil quilômetros quadrados para tigres siberianos e leopardos de Amur foi aberto em Heilongjiang e na província vizinha de Jilin em julho do ano passado.
O parque será concluído em 2020 e o sistema de monitoramento cobrirá a área inteira, com mais de 100 mil câmeras coletando dados sobre vida selvagem dos animais.
Em fevereiro, a China começou a monitorar o habitat dos tigres e leopardos de Amur. Mais de 100 dispositivos de monitoramento foram instalados em Hunchun, na Província de Jilin, cobrindo uma área de 500 quilômetros quadrados onde as duas espécies são vistas frequentemente.
Fale conosco. Envie dúvidas, críticas ou sugestões para a nossa equipe através dos contatos abaixo:
Telefone: 0086-10-8805-0795
Email: portuguese@xinhuanet.com
- Novo protocolo para COVID-19 da China reduz o comprimento de isolamento para viajantes de entrada
- Empresas privadas da China quadruplicam nos últimos dez anos
- Representante especial de Xi participará da posse presidencial das Filipinas
- Entrevista: Desejo dos povos por paz respalda proposta da China sobre governança da segurança mundial
- China capaz de lidar com o inesperado para cumprir meta de crescimento, diz órgão de planejamento econômico
- Shanghai Disneyland reabrirá em 30 de junho
Mais Lidas
-
01Xi preside Diálogo de Alto Nível sobre Desenvolvimento Global
-
02Xi preside 14ª Cúpula do BRICS e destaca a importância de promover parceria de alta qualidade
-
03Xi encoraja jovens a contribuir para impulsionar a autossuficiência em ciência e tecnologia aeroespacial da China
-
04Xi pede abertura de novo caminho para desenvolver universidades de classe mundial da China
-
05Xi destaca papel das "sementes chinesas" na garantia da segurança alimentar