Enfoque da China: Empresas chinesas criam raízes e florescem na África

2018-07-30 13:09:55丨portuguese.xinhuanet.com

Qingdao, 30 jul (Xinhua) -- Quando a fabricante chinesa de eletrônicos Hisense abriu uma fábrica na África do Sul em 2013, os funcionários locais pegavam ônibus ou faziam lotada para chegar ao trabalho. Atualmente, a maior parte deles conduz o próprio carro e às vezes "compete" por uma vaga na garagem.

"Alguns dos carros são usados ou básicos, mas mesmo assim isso mostra a melhora da renda e do padrão de vida", disse Li Youbo, gerente da filial sul-africana da Hisense, numa entrevista à Xinhua.

Com sede na cidade de Qingdao, leste da China, a Hisense tem expandido seus negócios na África desde 2000, quando construiu uma linha de produção de TV em Johannesburgo. Em 2013, abriu uma fábrica em Atlantis, a 50 quilômetros da Cidade do Cabo.

No ano passado, produziu 261 mil geladeiras e 389 mil televisões na África do Sul.

Liu Xin, gerente-geral de marketing internacional da Hisense, disse que a Hisense África do Sul tem 700 funcionários locais, que são mais de 90% do quadro. Trinta e três deles são executivos seniores e gerentes.

Reagan Adonis, de 33 anos, entrou para a Hisense há cinco anos como inspetor de qualidade de refrigerador. Foi promovido a supervisor de qualidade para 13 grupos de produção.

"Minha família tinha dificuldades financeiras até eu encontrar um emprego aqui. Mas atualmente posso mandar meus quatro filhos para a escola."

Além de TVs e refrigeradores, a Hisense na África do Sul atualmente produz congeladores, celulares, ar condicionado, lavadouras de roupa e eletrodomésticos, que chegam a 5.112 lojas de 18 redes do país.

Os produtos também são exportados para outros países africanos e regiões, incluindo Moçambique, Zimbábue, Maláui, Zâmbia e Maurício.

Leng Jing, pesquisador da Academia de Ciências Sociais de Qingdao, disse que a atual cooperação China-África passou de assistência do governo para cooperação de investimento e financiamento, de comércio geral de mercadorias para cooperação em capacidade e comércio de processamento e de empreiteiras para indústrias de ponta ou nível médio.

O Fundo de Desenvolvimento China-África, o primeiro fundo de ações criado na China focado no continente, já investiu em 91 projetos em 36 países, em um total de US$ 4,5 bilhões. Os projetos já promoveram US$ 20 bilhões de investimento de empresas chinesas em áreas como agricultura, infraestrutura, cooperação em capacidade e exploração de recursos.

Leng disse que o investimento direto por empresas chinesas pode melhorar a capacidade dos países africanos de desenvolver e criar empregos, o que vai ao encontro do objetivo da Iniciativa do Cinturão e Rota.

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