Observatório Econômico: Alimentos importados ganham popularidade na China

2018-07-29 07:29:54丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 28 jul (Xinhua) -- A demanda dos consumidores chineses por alimentos importados cresce estável em meio à melhora do padrão de vida no país, de acordo com a Administração Geral das Alfândegas.

As importações chinesas de alimentos somaram US$ 58,28 bilhões no ano passado, um aumento anual de 25%, com uma média nos últimos cinco anos de 5,7%, mostraram os dados da Administração.

A União Europeia permaneceu a maior fornecedora, seguida pelos Estados Unidos, Nova Zelândia, Indonésia e Canadá. Carne, óleo, laticínios e frutos do mar estavam entre os produtos mais importados.

Chen Weinian, diretor de compras do supermercado City Shop, de Shanghai, disse que os alimentos vindos de fora costumavam ser comprados por estrangeiros e agora o são por muito mais chineses.

Aparecendo na faixa que mostra uma vida rica, o coeficiente de Engel da China caiu para 29,3% em 2017, pela primeira vez abaixo da referência de 30% estabelecida pela Organização de Agricultura e Alimentação da Nações Unidas, informou a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma.

Embora a proporção dos rendimentos gastos em comida tenha diminuído, os chineses se tornam cada vez mais exigentes quanto ao consumo de alimentos e querem mais diversidade e sabor exótico.

Nos últimos anos, a China vem aumentando as importações de frutas da América Latina. Em 2017, as de abacate do México, Chile e Peru atingiram 30 mil toneladas.

Na Conferência Anual 2018 do Fórum Boao para a Ásia, a China anunciou uma série de medidas para reduzir as taxas e expandir as importações, incluindo um declínio médio de 55,9% das tarifas NMF para vários setores, incluindo alimentos e bebidas.

Além disso, com o desenvolvimento do comércio eletrônico transfronteiriço e do transporte personalizado, a compra de alimentos importados está se tornando mais conveniente e eficiente.

O país identificou 22 cidades, incluindo Beijing, Nanjing e Wuhan, como locais para zonas piloto de comércio eletrônico transfronteiriço abrangente.

Nos últimos dois anos, as taxas de crescimento de importações e exportações nessas zonas piloto permaneceram acima de 100%.

Plataformas de comércio eletrônico transfronteiriço também estão prosperando. Até maio, mais de 400 plataformas de terceiros e 20 mil empresas transnacionais de comércio eletrônico haviam sido estabelecidas nas primeiras 13 zonas piloto.

A Cainiao, uma rede de comércio eletrônico transfronteiriço do Alibaba, construiu dez armazéns globais e 74 linhas logísticas transfronteiriças e oferece serviços em 224 países e regiões.

Como parte crucial da importação de alimentos, as alfândegas chinesas têm se esforçado para acelerar o transporte e intensificar a vigilância para garantir a qualidade e o frescor das cargas.

"Abrimos canais especiais para os alimentos importados e simplificamos os procedimentos de importação para eles, a fim de limitar a uma hora o processo desde a chegada até a liberação", afirmou Zhang Xin, vice-chefe da alfândega de Zhengzhou, na província central de Henan.

Segundo Zhang, no primeiro semestre do ano, eles reduziram o tempo médio para um produto importado passar pela alfândega para 6,69 horas, uma queda anual de 45,8%.

A segurança é uma prioridade para o próspero setor de alimentos importados da China. Como um órgão de supervisão nesse campo, a Administração Geral das Alfândegas evitou vários problemas em 2017.

O órgão reforçou ainda mais a regulamentação dos alimentos e facilitou a cooperação internacional para assegurar a segurança, informou seu relatório divulgado em julho.

Em 2017, as alfândegas chinesas apreenderam 49 mil toneladas de carga importada abaixo do padrão, de 94 países e regiões.

Relatórios regulares da Administração sobre a qualidade e a segurança dos alimentos importados promovem a comunicação e o entendimento mútuo entre o governo, empresas e consumidores.

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