Visita de Xi aprofunda cooperação Sul-Sul e apoia multilateralismo
(Xinhua/Li Xueren)
Porto Louis, 28 jul (Xinhua) -- O presidente chinês Xi Jinping está deixando Maurício no sábado, a última parada de sua visita ao Oriente Médio e à África.
Durante sua viagem de 11 dias, Xi realizou visitas de Estado aos Emirados Árabes Unidos (EAU), Senegal, Ruanda, África do Sul e uma visita amistosa a Maurício durante uma escala. Ele também participou da 10ª Cúpula do BRICS em Johannesburgo.
A visita abre nova perspectiva para a cooperação Sul-Sul e promove a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, disse conselheiro de Estado e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.
FORTALECE LAÇOS SINO-ÁRABES
A visita de Xi aos EAU leva os laços bilaterais a um nível mais alto e dá uma demonstração para cooperação entre a China e os países árabes, disse Wang.
É primeira visita de Xi aos EAU, e a primeira por um chefe de Estado chinês em 29 anos ao país árabe.
Durante a visita, os dois países emitiram uma declaração conjunta em estabelecer uma parceria estratégica abrangente, que fornece orientação política e planos gerais para o desenvolvimento das relações bilaterais na próxima fase.
Eles assinaram um memorando de entendimento em implementar a Iniciativa do Cinturão e Rota, e decidiram combinar suas estratégias de desenvolvimento e fortalecer comunicação em políticas industriais.
A China e os EAU acelerarão o estabelecimento da primeira bolsa internacional do Cinturão e Rota em Abu Dhabi, que fornecerá serviços financeiros para a construção do Cinturão e Rota no Oriente Médio e na região do Golfo.
No início deste mês em Beijing se realizou a 8ª reunião ministerial do Fórum de Cooperação China-Estados Árabes, na qual a China e os países árabes concordaram em estabelecer uma "parceria estratégica orientada ao futuro de cooperação abrangente e desenvolvimento comum".
Xi disse à reunião que a China está disposta a se juntar com os Estados árabes para construir o Cinturão e Rota, e construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a China e os países árabes.
A visita de Xi aos EAU é uma interpretação vívida e um roadshow bem-sucedido da política chinesa sobre países árabes, disse Wang.
APROFUNDA AMIZADE CHINA-ÁFRICA
Xi atribuiu grande importância às relações China-África. Ele escolheu a África como o destino de sua primeira visita ao estrangeiro tanto depois que ele foi eleito pela primeira vez presidente chinês em 2013 como depois de sua reeleição neste ano.
A China e a África são parceiros sinceros em seu caminho de desenvolvimento e aliados naturais em assuntos internacionais, disse Wang.
Durante sua viagem africana, Xi assinalou que é escolha estratégica de longo prazo e firme da China desenvolver laços com países africanos.
Não importa como a situação internacional muda, a China continuará a manter sua política africana e o conceito de sinceridade, resultados concretos, afinidade e boa fé, defender a justiça e buscar interesses compartilhados, promover a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado China-África com laços mais próximos, a fim de alcançar cooperação de benefício mútuo e desenvolvimento comum, disse Xi.
Durante a visita, a China e as quatro nações africanas concordaram em fortalecer o alinhamento de suas estratégias de desenvolvimento, aproveitar melhor suas complementaridades econômicas e expandir a cooperação.
Outro resultado importante da viagem africana de Xi é a assinatura de documentos de cooperação com respeito à Iniciativa do Cinturão e Rota. O Senegal e Ruanda assinaram respectivamente memorandos de entendimento sobre a iniciativa com a China e Maurício atingiu um acordo com a China para assinar o acordo de cooperação sobre a iniciativa o mais breve possível.
O Senegal é o primeiro país no Oeste Africano em assinar um documento de cooperação do Cinturão e Rota com a China, e é esperado ter um efeito de direção na região, disse Wang.
Durante sua visita, Xi e seus anfitriões africanos presenciaram a assinatura de cerca de 40 documentos de cooperação, acrescentou.
Em todas as paradas de sua viagem africana, Xi recebeu grandes cerimônias de boas-vindas realizadas pelos governos e foi recebido com hospitalidade excepcional pelos povos locais, o que é uma prova válida de que o papel da China na África é de jeito nenhum neo-colonialismo, segundo o ministro chinês das Relações Exteriores.
EXPANDE COOPERAÇÃO DO BRICS
Durante sua visita à África do Sul, Xi participou da 10ª Cúpula do BRICS em Johannesburgo, que abriu a segunda "Década Dourada" para a cooperação do BRICS.
A cúpula do bloco de economias de mercado emergente, de quarta-feira a sexta-feira, reuniu líderes de seus membros --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- para discutir modos de buscar desenvolvimento e prosperidade comuns em meio a novos desafios globais.
Ao discursar no Fórum de Negócios do BRICS na cúpula, Xi disse que a próxima década será uma crucial em que novos motores de crescimento global substituirão os antigos, e que esta verá mudanças mais rápidas no panorama internacional e no alinhamento internacional de forças, e presenciará uma reforma profunda do sistema da governança mundial.
Xi também pediu construção de uma economia aberta, rejeitando unilateralismo e protecionismo, impulsionando intercâmbios internacionais e cooperação em inovação, aliviando o impacto da aplicação da tecnologia de informação, automatização e tecnologia inteligente nas indústrias tradicionais, assim como buscando crescimento inclusivo para trazer benefícios a pessoas de todos os países e promovendo desenvolvimento e cooperação internacionais.
Ele também pediu defender multilateralismo, apoiar regime de comércio multilateral e observar completamente regras internacionais adotadas de modo coletivo.
"Uma guerra comercial deve ser rejeitada, porque não deixará nenhum vencedor. A hegemonia econômica é até mais censurável, pois prejudicará os interesses coletivos da comunidade internacional; aqueles que seguem este curso apenas acabarão se machucando", disse Xi, em resposta ao crescente unilateralismo e protecionismo comercial.
A cúpula de Johannesburgo rendeu resultados frutíferos, com os países do BRICS confirmando criar uma parceria na nova revolução industrial.
O estabelecimento de tal parceria se tornará um projeto principal que impulsionará a cooperação entre os países do BRICS, disse Wang.
Além disso, ele disse que a Declaração de Johannesburgo expressou a determinação do bloco de buscar o desenvolvimento comum, preservar igualdade e justiça, aderir-se ao multilateralismo e melhorar a governança mundial, injetando energia positiva para o mundo em meio a grandes incertezas.
A Cúpula do BRICS também convidou outros países em desenvolvimento incluindo outras economias de mercado emergente e outros países africanos a participar do diálogo "BRICS Plus", expandindo mais o círculo do BRICS e fortalecendo a parceria entre o BRICS e países africanos, acrescentou Wang.
É uma visita histórica durante a qual a China fortaleceu cooperação estratégica com países em desenvolvimento e economias emergentes, e a visita terá influência significativa e positiva na transformação do panorama internacional e no progresso da humanidade, disse.
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