Chefe da ONU ressalta progresso mas também retrocessos na Agenda 2030

Nações Unidas, 18 jul (Xinhua) -- O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse nesta quarta-feira que, embora tenha havido progresso em relação à Agenda 2030 em algumas áreas, "estamos atrasados ​​ou até retrocedendo" em outros aspectos fundamentais.

Em suas observações no encerramento de um fórum sobre o progresso da agenda, Guterres disse: "Observamos um progresso importante em várias áreas do mundo - reduzindo a mortalidade materna e infantil, expandindo a educação básica, melhorando o acesso à eletricidade e muito mais."

No entanto, ele observou que as discussões das delegações mostraram que "estamos atrasados ​​ou mesmo recuando em outras áreas que são fundamentais para nossa promessa comum de não deixar ninguém para trás".

O chefe da ONU continuou dando uma série de exemplos. "Pela primeira vez em uma década, o número de pessoas que estão subnutridas aumentou, principalmente devido a conflitos, secas e desastres ligados à mudança climática", disse ele.

"A desigualdade de gênero continua a reter as mulheres e a privá-las dos direitos e oportunidades básicos", acrescentou.

Além disso, ele listou investimentos inadequados em infraestrutura sustentável, mudança climática descontrolada, conflito crescente, desigualdade, erosão dos direitos humanos, uma crise humanitária global sem precedentes com retrocessos nos esforços para alcançar os objetivos.

O Fórum Político de oito dias sobre Desenvolvimento Sustentável é uma tribuna anual da ONU para avaliar o progresso em direção aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos na Agenda 2030, um documento marco da cúpula da ONU adotado em 2015.

Os 17 objetivos incluíam erradicar a pobreza, acabar com a fome, melhorar a saúde, promover a educação e assim por diante com foco na sustentabilidade.

Na nota de quarta-feira, Guterres enfatizou a necessidade de inserir a essência da Agenda 2030 "em tudo o que fazemos" e sugeriu alguns caminhos essenciais, incluindo engajar os jovens, controlar as emissões de carbono, mobilizar recursos, aproveitar os benefícios das tecnologias e fortalecer as instituições.