Pesquisadores australianos dizem que detecção de prata é crucial para entender efeitos ambientais
Sydney, 18 de julho (Xinhua) -- A prata está sendo usada, mais do que nunca, por suas propriedades antibacterianas. Mas, em um artigo publicado pela Royal Society na quarta-feira, cientistas australianos alertaram contra o uso excessivo do metal em produtos domésticos e revelaram um meio de detectar traços microscópicos do elemento para melhor entender seus efeitos.
De acordo com a pesquisadora Elizabeth New, da Universidade de Sydney, existe a preocupação de que o uso de prata em produtos domésticos possa levar ao aumento da resistência bacteriana ao elemento, comprometendo seu uso em tratamentos médicos vitais.
"A prata é usada como antibacteriano há milhares de anos", disse Elizabeth New à Xinhua.
"Remédios asiáticos e europeus antigos usaram prata para preservar alimentos e tratar feridas".
No entanto, recentemente, ao transformar a prata em nanopartículas, o método tornou-se mais barato e, portanto, mais difundido.
A prata está agora sendo usada em uma grande variedade de produtos domésticos, desde filtros de ar-condicionado, roupas a escovas de dentes, devido às suas notáveis capacidades de matar germes.
O material também é usado na medicina como revestimento antibacteriano e no tratamento de feridas.
A preocupação é que, se as pessoas ficarem expostas demais em suas vidas diárias, as bactérias desenvolverão uma resistência à prata, comprometendo seu uso médico.
Há também alguma preocupação com os efeitos desconhecidos das nanopartículas de prata no meio ambiente.
"Nosso trabalho é sobre ser capaz de detectar a prata para que possamos realmente ver a sua liberação de todos esses produtos de consumo", disse New.
"Espero que possamos descobrir se é realmente perigoso ou se é bastante inofensivo ter esse uso comum."
A equipe desenvolveu um método simples, mas sensível, para a detecção de íons de prata usando uma sonda fluorescente.
A luz da sonda permite que eles não detectem toda a prata existente, como os métodos atuais, mas concentre-se apenas na prata que está sendo liberada desses produtos.
"Essa é a prata que precisamos nos preocupar", disse New.
"Essas são as partes que flutuam na água e potencialmente se espalham".
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