Foro de São Paulo presta homenagem a Fidel Castro e pede unidade

Havana, 17 jul (Xinhua) -- Os presidentes da Venezuela, Bolívia e El Salvador homenagearam, na terça-feira, o legado do líder revolucionário cubano Fidel Castro em Havana, pedindo por unidade.

Os chefes de Estado falaram em sessão plenária, presidida pelo presidente cubano, Miguel Díaz-Cañel, para cerca de 600 representantes de partidos e movimentos de esquerda regionais no encerramento do encontro anual do Foro de São Paulo.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, lembrou os dias em que este "espaço para a unidade" foi fundado em 1990, graças a uma "idéia maravilhosa" apresentada por Castro, que ele descreveu como "gênio e visionário da humanidade", juntamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Quando revisamos esses 28 anos do Foro de São Paulo, vemos a grandeza da tarefa realizada pelas forças revolucionárias para reverter a hegemonia do modelo neoliberal", disse Maduro.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, fez eco ao seu homólogo venezuelano.

"A melhor homenagem a Fidel é a união dos países latino-americanos. O melhor tributo é não desistir ou duvidar de nossos princípios revolucionários", disse Morales.

O presidente de El Salvador, Salvador Sánchez Cerén, disse que as crenças de Castro são "mais necessárias" agora "devido à situação desafiadora pela qual a região está passando".

"O apelo de Fidel para fortalecer a unidade é hoje mais convincente do que nunca. A esquerda na América Latina deve perseverar com força e com o espírito de vitória de Fidel contra a ofensiva de direita."

A reunião anual do foro de São Paulo tem como objetivo construir um consenso sobre a ação futura dos partidos políticos e organizações de esquerda na América Latina.

Durante os três dias do Foro deste ano, os participantes discutiram o surgimento do direito na América Latina e as estratégias para combater o domínio americano da grande mídia nas Américas.