Ministra portuguesa diz que não há necessidade de proibir a pesca da sardinha

Lisboa, 17 jul (Xinhua) -- A ministra portuguesa do Mar, Ana Paula Vitorino, afirmou nesta terça-feira que o governo acredita que não há motivos para proibir a pesca da sardinha no país, com base nas informações científicas disponíveis para eles.

"O governo entende, como fez no ano passado, que não estamos em posição de proibir a pesca. Podemos estabelecer uma cota para a captura menor do que este ano e com medidas de manejo para estoques mais altos", disse ela a repórteres em Portimão, no sul de Portugal, à margem de uma cerimónia de boas-vindas à balsa que liga o mar entre Funchal, Madeira, e a cidade de Portimão, na região do Algarve.

O Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM) informou em comunicado, na sexta-feira, que a pesca da sardinha deveria ser proibida em Portugal e na Espanha no ano que vem, devido à redução dos estoques verificada nos últimos anos.

Ana Paula Vitorino disse que o governo "está fazendo um trabalho muito minucioso sobre o assunto, para tentar conciliar dois objetivos - manter a alta captura de sardinha e a sustentabilidade da espécie".

Ela sublinhou que é no equilíbrio entre captura e sustentabilidade que uma decisão terá de ser tomada porque "a sardinha faz parte da cultura dos portugueses e da economia".

Segundo a ministra, a quantidade de sardinha no mar de Portugal é superior à do ano passado, embora haja uma redução de juvenis, o que significa uma redução das espécies em 2019.

"Embora haja uma redução nos juvenis, isso não implica uma redução das capturas para zero", disse a ministra, acrescentando que Portugal está trabalhando em conjunto com a Espanha e em contato com a Comissão Europeia "para demonstrar que não há razões socioeconômicas que levam a que os indicadores de preservação de espécies sejam tão exigentes como os apontados pelo CIEM. "