Flutuações da moeda chinesa estão dentro de faixa adequada, diz economista

Beijing, 9 jul (Xinhua) -- Apesar das flutuações recentes, a taxa de câmbio do yuan, moeda chinesa, está ainda dentro da faixa adequada compatível com a política cambial do país, disse Zhu Haibin, economista do J.P. Morgan.

"Ao ser medido contra uma cesta de moedas, o câmbio do yuan tem flutuado dentro de uma faixa de cerca de 3% desde o início deste ano, o que não representa um desvio ao sistema cambial baseado no mercado, administrado e flutuante", opinou Zhu Haibin, economista-chefe do banco para a China.

A taxa de paridade central da moeda chinesa teve recentemente uma tendência descendente, caindo 156 pontos-base para 6,6336 em relação ao dólar norte-americano na sexta-feira, segundo o Sistema do Comércio de Divisas da China (CFETS).

O Índice RMB do CFETS, que mede a força do yuan em relação a uma cesta de moedas, subiu dos 95 desde o início do ano para quase 98 em meados de junho, antes de cair novamente para cerca de 95,66 no fim de junho.

"É improvável que o banco central chinês deixe o yuan desvalorizar notavelmente contra o dólar em favor das exportações, como supuseram algumas instituições, porque tal medida acrescentará pressão para a saída de capitais", comentou Zhu.

O presidente do banco central da China, Yi Gang, disse na terça-feira que "a taxa de câmbio do yuan permanecerá basicamente estável em um nível razoável e equilibrado".

Yi assinalou que a China seguirá com um sistema cambial flutuante, administrado, orientado ao mercado e formado com referência em uma cesta de moedas.

"A efetividade do sistema foi comprovada por anos de prática e continuaremos a segui-lo", disse Yi.

Zhu disse que o banco central deve continuar a guiar as flutuações bidirecionais do yuan e a tomar passos graduais para mais reformas cambiais.