Chefe da ONU pede mais mediação em um mundo "perigoso"

2018-06-21 09:52:27丨portuguese.xinhuanet.com

O secretário-geral da ONU, António Guterres (c), o ministro norueguês de Relações Exteriores, Ine Eriksen Soreide (esquerda), e o primeiro-ministro da Somália, Hassan Ali Khaire, participam de uma coletiva de imprensa em Oslo, capital da Noruega, em 19 de junho de 2018. O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na terça-feira que é necessário mais mediação, pois o mundo é "perigoso" e a situação está "se deteriorando". (Xinhua/Liang Youchang)

Oslo, 19 jun (Xinhua) -- O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na terça-feira que é necessário mais mediação, já que o mundo é "perigoso" e que a situação está "se deteriorando".

"De fato, o número de países em conflitos violentos é o maior dos últimos 30 anos", disse Guterres em entrevista coletiva à imprensa com o ministro das Relações Exteriores norueguês, Ine Eriksen Soreide, e o primeiro-ministro da Somália, Hassan Ali Khaire, durante o Fórum de Oslo.

"Ao mesmo tempo, tomando como referência 2005, quando tivemos o menor número de pessoas mortas em guerras, temos agora dez vezes esse nível, o que significa que a situação está realmente se deteriorando no mundo", disse ele.

O chefe da ONU observou que há razões muito fortes para se fazer de tudo para evitar conflitos e se fazer de tudo para resolver conflitos.

"Prevenir não é suficiente porque os conflitos existem, eles precisam ser resolvidos e, assim, a mediação se torna um instrumento absolutamente fundamental em nossa ação", disse Guterres.

Mais de 100 dos mais importantes mediadores de conflitos armados do mundo, atores do processo de paz, decisores de alto nível e eminentes pensadores se reuniram na terça e quarta-feira no Fórum de Oslo para discussões informais para refletir sobre as atuais tendências e desafios da paz.

O tema principal do fórum de 2018 é "O Fim da Grande Paz? Oportunidades de mediação", em que os participantes explorariam os desafios colocados aos pacificadores pela natureza cada vez mais atomizada e internacionalizada dos conflitos em curso.

"De fato, vivemos em um mundo perigoso onde vemos uma multiplicação de novos conflitos, velhos conflitos que parecem nunca terminar, e conflitos se tornando mais e mais interligados e ligados ao que agora é uma nova ameaça do terrorismo global", disse Guterres.  

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