Mercado cinematográfico da China impulsiona crescimento de bilheteria global em 2017, diz relatório

Shanghai, 20 jun (Xinhua) -- A bilheteria total da China cresceu 13,45% em 2017, tornando o mercado cinematográfico do país um motor para a bilheteria global, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira.

A Associação Cinematográfica Chinesa e o Centro de Arte Cinematográfica da Federação Chinesa de Círculos Literários e Artísticos emitiram conjuntamente a versão internacional do Relatório de Pesquisa sobre o Setor Cinematográfico Chinês 2018 no atual Festival Internacional de Cinema e Televisão de Shanghai na terça-feira.

"O mercado chinês voltou para um caminho de forte crescimento, diminuindo ainda mais a diferença em relação ao mercado da América do Norte", diz o texto.

Entre a bilheteria total, 30 bilhões de yuans vieram de filmes domésticos, respondendo por 53,84% do mercado, 7,6% maior do que os estrangeiros.

Dos dez filmes mais vendidos no mercado chinês no ano passado, cinco foram produzidos internamente.

"Os blockbusters locais se tornaram rivais aos de Hollywood e reconquistaram o público em 2017, com o aumento de competitividade e qualidade do mercado", diz o documento.

Os dados mostram que os primeiros dez filmes com maior bilheteria na China não são apenas locais e de Hollywood, já que produções feitas em outros países como a Índia entraram na lista em 2017.

No ano passado, o filme chinês Wolf Warrior 2 contribuiu muito para o mercado cinematográfico do país, representando 18,9% da bilheteria total, acrescenta o relatório.

As plataformas de venda de ingressos online mudaram o modo de compra dos consumidores chineses e também desempenharam um papel importante no mercado cinematográfico da China em 2017.

O texto indica que as vendas online responderam por mais de 80% da receita de bilhetes dos cinemas chineses.

A bilheteria total no país ficou em 55,9 bilhões de yuans (US$ 8,6 bilhões) em 2017. Quase 1.000 filmes, incluindo animações, filmes educativos e documentários, foram produzidos na China no ano passado, segundo o relatório.