Negociações sobre regras do NAFTA emperradas, diz especialista mexicano

2018-06-14 10:53:38丨portuguese.xinhuanet.com

Cidade do México, 12 jun (Xinhua) -- As conversações para atualizar as regras de origem automobilísticas como parte da renegociação do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) estão paralisadas, disse um especialista mexicano nesta terça-feira.

"Não há acordo sobre as regras de origem, não houve reunião, não houve movimento", disse Eduardo Solis, presidente da Associação Mexicana da Indústria Automobilística (AMIA).

"Neste momento, as negociações do NAFTA não estão andando", disse ele em entrevista coletiva.

Enquanto os três parceiros do NAFTA - México, Canadá e Estados Unidos - fizeram avanços em muitos outros aspectos do acordo comercial, não houve consenso sobre as regras que limitam a quantidade de peças fabricadas no exterior para um veículo fabricado em América do Norte e elegíveis para tarifas preferenciais, disse ele.

O Canadá e o México querem manter as regras atuais em vigor. O acordo assinado em 1994 prevê que 62,5% de um veículo seja fabricado no território do NAFTA. No entanto, os Estados Unidos querem elevar esse valor para 85%.

Solis também criticou a Casa Branca por invocar preocupações de segurança nacional como uma razão para impor tarifas sobre carros e metais importados, dizendo que haveria uma "ameaça latente" na medida.

A estratégia visa "impor barreiras comerciais simples e sem justificativa", disse Solis.

A AMIA divulgou seus últimos números da indústria na coletiva de imprensa, relatando que a produção de veículos subiu 3,9 % em maio de ano a ano, atingindo um recorde de 352.860 unidades.

As exportações, no entanto, caíram 6,9 % em maio para 250.542 veículos, sem contar a japonesa Nissan, que não divulga seus números de produção desde abril.

O México exporta grande parte de sua produção de automóveis para os Estados Unidos, seu maior parceiro comercial.

As conversações sobre a renegociação do NAFTA começaram em agosto de 2017, quando Trump ameaçou se retirar do acordo comercial de 23 anos. Os três países permanecem divididos sobre as regras de origem para automóveis e outras questões após renegociações que duram meses.

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