Xi ilumina sonho compartilhado à medida que China sedia cúpula da OCS

2018-06-10 10:45:12丨portuguese.xinhuanet.com

Qingdao, 10 jun (Xinhua) -- Deslumbrando ao horizonte urbano de Qingdao, fogos de artifício iluminaram os rostos dos convidados que viajaram através do continente eurasiático vasto para a costa do Mar Amarelo para a 18ª Cúpula da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS), na noite deste sábado.

É a primeira cúpula desde a expansão da organização em junho de 2017, quando a Índia e o Paquistão juntaram-se como membros plenos.

"Qingdao é uma famosa capital de navegação internacional. Foi daqui que muitos navios partiram em busca de sonhos", disse o presidente Xi Jinping em um jantar de recepção no sábado à noite. "A cúpula de Qingdao é um novo ponto de partida para nós. Juntos, vamos içar a vela do Espírito de Shanghai, quebrar ondas e iniciar uma nova viagem para nossa organização", acrescentou.

O Espírito de Shanghai de confiança mútua, benefício mútuo, igualdade, consulta, respeito a civilizações diversas e busca do desenvolvimento comum, foi declarado na Carta da OCS, uma organização regional abrangente fundada em 2001 pela China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão e Uzbequistão, e mais tarde expandida para oito Estados-membros.

Neste fim de semana, Xi comandará a cúpula pela primeira vez como presidente chinês, com a participação de líderes de outros membros da OCS e quatro países observadores, assim como chefes de diversas organizações internacionais.

O evento é rememorativo ao Fórum de Boao para a Ásia (FBA), realizado dois meses atrás, embora os convidados tenham sido diferentes.

Em 10 de abril, Xi discursou na cerimônia de abertura da conferência anual do FBA, com a participação de mais de 2 mil pessoas.

Em Boao, Xi divulgou novas medidas para expandir a reforma e abertura e proclamou "uma nova fase da abertura" para a prosperidade comum da China e do mundo.

O mesmo espírito de abertura e abrangência continua em Qingdao, Província de Shandong, terra natal do Confúcio.

"Sendo uma parte integral da civilização chinesa, o confucionismo acredita que 'uma causa justa deva ser buscada para o bem comum' e defende harmonia, unidade e uma comunidade compartilhada para todas as nações", disse Xi aos convidados. "Sua ênfase em unidade e harmonia tem muito em comum com o Espírito de Shanghai."

Na cúpula, os participantes são incentivados a obter consenso sobre a construção de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade e a criação de um novo tipo de relações internacionais com características de respeito mútuo, imparcialidade e justiça, e cooperação de ganhos recíprocos, disse o conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, ao falar com a mídia na semana passada.

Os dois conceitos têm sido frases centrais da diplomacia chinesa nos últimos cinco anos. E não são apenas conceitos, mas também ideias apoiadas com iniciativas pragmáticas e medidas diplomáticas concretas.

Além da conferência do FBA, que defende reforma e abertura, e a cúpula da OCS, que promove segurança e cooperação regionais, a China hospedará outros dois eventos internacionais grandes este ano: a cúpula do Fórum de Cooperação China-África, para avançar na Iniciativa do Cinturão e Rota, e a Exposição Internacional de Importação da China, para maior abertura do mercado.

"Com o crescimento da força nacional e influência internacional, a China é mais confiante em apresentar novas ideias sobre governança mundial", disse o professor Zuo Fengrong, da Escola do Partido do Comitê Central do Partido Comunista da China. "As iniciativas da China são voltadas para um mundo aberto, inclusivo, limpo e bonito que desfrute da paz duradoura, segurança universal e prosperidade comum."

DE SHANGHAI A QINGDAO

Segundo Wang, a Declaração de Qingdao a ser emitida na cúpula pedirá a todas as partes que continuem com o Espírito de Shanghai.

Em seus discursos nas cúpulas anteriores da OCS, o presidente Xi defendeu repetidamente o Espírito de Shanghai, reconhecendo seu significado em criar uma comunidade com um futuro compartilhado na região, em manter a segurança e a estabilidade e em promover intercâmbios.

"O Espírito de Shanghai de 17 anos de idade está de acordo com a mais recente visão diplomática de Xi", disse Li Ziguo, do Instituto Chinês para Estudos Internacionais, que também o destacou como uma plataforma para "construir uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade."

Sob a orientação do Espírito de Shanghai, a região prosperou com paz e estabilidade, com os países na região solucionando assuntos fronteiriços complicados, contendo ameaças do terrorismo, extremismo e separatismo, e lançando iniciativas de comércio transfronteiriço e conectividade da infraestrutura, frequentemente lideradas pela China.

A OCS cresceu para uma organização que cobre mais de 60% do território eurasiático, quase metade da população mundial e mais de 20% do PIB global.

"A organização demonstrou forte coesão e crescente influência", disse Konstantin Kokarev, chefe do Centro para a Região Ásia-Pacífico do Instituto Russo para Estudos Estratégicos, em uma entrevista à Xinhua.

DE QINGDAO A UM MUNDO MAIS AMPLO

Qingdao é uma escolha simbólica para hospedar a Cúpula da OCS deste ano, pois está no extremo leste de uma vasta rede ferroviária através da Eurásia, sendo um centro logístico ligando o Cinturão Econômico da Rota da Seda com a Rota da Seda Marítima do Século 21.

A carga marítima é transferida aqui para cinco linhas ferroviárias internacionais para os países no fim ocidental do continente, 30 dias mais rápido que apenas com rotas marítimas.

A visão do Cinturão Econômico da Rota da Seda foi primeiro apresentada por Xi em Astana, Cazaquistão, em setembro de 2013, alguns dias antes de ele participar pela primeira vez da cúpula da OCS como presidente chinês. Foi mais tarde desenvolvida na Iniciativa do Cinturão e Rota.

"A iniciativa da China traz grande oportunidade para a OCS", disse o secretário-geral da entidade, Rashid Alimov. "A cúpula em Qingdao também contribuirá para a implementação da iniciativa."

A iniciativa se tornou uma importante prática para materializar a visão de uma comunidade com futuro compartilhado para a humanidade.

"A China se envolveu na cooperação profunda com os países no mundo. Trará oportunidades ricas para conectar a OCS com uma parte mais ampla do mundo", disse Kokarev.

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