Governo brasileiro anuncia acordo com caminhoneiros para suspender a greve por 15 dias

2018-05-25 16:25:10丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 24 mai (Xinhua) -- O Governo brasileiro anunciou no final da noite desta quinta-feira um princípio de acordo com os representantes dos milhares de caminhoneiros, que bloqueiam desde a segunda-feira centenas de estradas em todo o país, para suspender a paralisação durante os próximos 15 dias.

Ministros e representantes de onze entidades de caminhoneiros se reuniram na quinta-feira por mais de seis horas no Palácio do Planalto e anunciaram o princípio de acordo que agora será apresentado aos sindicatos que protagonizam a greve.

Participaram da reunião o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Fazenda, Eduardo Guardia, da Secretaria de Governo, Carlos Marun, dos Transportes, Valter Casimiro, assim como o general Ethecgoyen, do gabinete de Segurança Institucional.

Apesar do acordado, uma das entidades que representam os manifestantes, a Associação dos Caminhoneiros Brasileiros (Abcam), com cerca de 700 mil filiados, abandonou a reunião antes do anúncio do princípio de acordo e afirmou que manterá a paralisação até que a eliminação de impostos sobre os combustíveis se converta em lei.

Segundo explicou o ministro Padilha, em entrevista coletiva, o governo se comprometeu a eliminar este ano um imposto sobre o diesel e a manter a redução de 10% no valor do combustível nos preços das refinarias anunciado pela estatal Petrobras.

O governo também se comprometeu a assegurar uma periodicidade mínima de 30 dias para eventuais reajustes do diesel nas refinarias e a retirar qualquer ação judicial contra as entidades que representam os caminhoneiros, ocasionada pela greve desses dias.

Os caminhoneiros se comprometeram a levantar o bloqueio das estradas a partir da sexta-feira, embora não se possa prever no momento quanto tempo demorará até que o país volte à normalidade.

A maior parte dos postos de gasolina está com um nível mínimo de combustíveis, inclusive de gasolina e etanol, devido à paralisação dos caminhoneiros, que provocou longas filas para abastecer os veículos e até aumento dos preços por parte de alguns postos que quiseram se aproveitar da situação.

O quarto dia de paralisação gerou um clima de caos geral em todo o país com falta de alimentos nos supermercados, de medicamentos nas farmácias e de vários produtos em lojas e fábricas, além da redução da circulação de ônibus nas cidades e o anúncio de que pelo menos 13 aeroportos estavam com reservas mínimas para abastecer os aviões.

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