Jornalistas sul-coreanos visitam RPDC para cobrir desmonte de base de testes nucleares

2018-05-24 10:59:11丨portuguese.xinhuanet.com

Seul, 23 mai (Xinhua) -- Oito jornalistas sul-coreanos visitarão a República Democrática Popular da Coreia (DPRK) na quarta-feira para cobrir o planejado desmonte da base de testes nucleares da RPDC, elevando as expectativas para que as conversações intercoreanas aconteçam em um futuro próximo.

O Ministério da Unificação de Seul disse que os jornalistas partirão para a cidade de Wonsan, na RPDC, às 12h30, hora local (0330 GMT), em um avião do governo de um aeroporto fora da capital Seul.

O avião sul-coreano que leva os repórteres voará por uma rota direta nas águas do leste para a cidade da RPDC.

A visita foi permitida no último minuto, quando Pyongyang recebeu a lista dos jornalistas sul-coreanos no início do dia, por uma chamada através da linha telefônica intercoreana na vila fronteiriça de Panmunjom.

A Coreia do Norte convidou jornalistas da China, Rússia, Estados Unidos, Reino Unido e Coreia do Sul para testemunhar o desmonte da base de testes nucleares subterrâneos de Punggye-ri, onde foram realizados todos os seis testes nucleares, programados para 23 a 25 de maio.

Com exceção dos jornalistas sul-coreanos, outros corpos de imprensa já haviam chegado a Wonsan na terça-feira em um vôo de Beijing.

Espera-se que a imprensa, acompanhada pelos repórteres sul-coreanos, vá de trem para a base de testes nucleares para informar sobre o desmonte programado para o final desta semana.

A Coreia do Norte havia se recusado a receber a lista de jornalistas sul-coreanos, citando os exercícios de combate aéreo anual da Coreia do Sul e EUA, chamados de “Max Thunder”.

Os exercícios aéreos supostamente mobilizaram cerca de 100 aeronaves, incluindo oito caças furtivos R-22 dos EUA. O caça que escapa de radares é usado para atacar secretamente um alvo inimigo.

A Coreia do Sul alegou que os exercícios aéreos conjuntos eram de natureza defensiva, enquanto a Coreia do Norte considerou como um ensaio geral para a invasão do norte.

Como Pyongyang permitiu que a mídia sul-coreana cobrisse o desmonte do local de testes nucleares, as expectativas foram altas para que as conversações intercoreanas que haviam sido suspensas fossem retomadas.

A RPDC cancelou as conversações já agendadas com a Coreia do Sul na semana passada, citando os exercícios aéreos entre Seul e Washington.

Durante a reunião de cúpula em Washington com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse esperar que a retomada das negociações intercoreanas para 25 de maio, segundo a Casa Azul da Coreia do Sul.

Na reunião, Moon e Trump concordaram em fazer os melhores esforços para que a cúpula entre a RPDC e os EUA aconteça em 12 de junho, como previsto, disse o secretário de imprensa da Moon, Yoon Young-chan.

Trump disse na reunião com Moon que seu encontro agendado com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, em Singapura, "pode não acontecer em 12 de junho", levantando a hipótese que de a primeira cúpula entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos seja postergada.

O presidente dos EUA disse que "certas condições" precisavam ser cumpridas para que a cúpula RPDC-EUA acontecesse, mas ele não elaborou detalhes. "Se não, não teremos a reunião", disse Trump.

A Coreia do Norte alertou na semana passada que Pyongyang iria reconsiderar se deveria participar da reunião de Singapura caso os Estados Unidos somente "queiram pressionar a Coreia do Norte a abandonar seu arsenal nuclear".

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