Companhias norte-americanas buscam novas oportunidades depois de maior abertura da China

Guangzhou, 22 mai (Xinhua) -- Executivos de um grande número de companhias dos Estados Unidos, desde multinacionais até startups, expressaram crescentes interesses em expandir seus laços comerciais com a China, à medida que o país prometeu maior abertura.

A fabricante multinacional Procter & Gamble (P&G) lançou em setembro do ano passado um centro de inovação digital em Guangzhou, capital da Província de Guangdong, no sul da China.

Com um investimento de US$ 100 milhões, o centro tem como foco marketing digital, big data, inteligência artificial, cadeias de fornecimento inteligentes e incubação de tecnologia.

Matthew Price, presidente da P&G Grande China, disse que o aprimoramento de consumo da China foi a razão para sua companhia lançar o novo centro.

"Estamos projetando produtos na China com cientistas chineses. Estamos exportando a inovação", comentou.

Para manter sua promessa de uma maior abertura, a China rebaixou as tarifas de importação e apresentou um pacote de políticas no setor financeiro relativo ao acesso ao mercado, escopo comercial e infraestrutura.

Durante a Conferência de Cooperação de Investimento China (Guangdong)-EUA, realizada na semana passada, dezenas de companhias americanas dos setores de aviação, inteligência artificial, impressão 3D e energia limpa fizeram promoções e exposições itinerantes, para buscar mais oportunidades comerciais na China.

Susan Ying, vice-presidente da startup de aeronave, Ampaire, com sede em Los Angeles, disse que sua companhia está procurando por oportunidades para demonstrar sua tecnologia, com esperança de criar joint-ventures com parceiros chineses.

Como a classe média em expansão na China está mais disposta a comprar produtos do exterior, muitas companhias dos Estados Unidos estão aproveitando o comércio eletrônico e tecnologia digital para criar uma nova força motriz para seus negócios.

A fabricante de produtos alimentícios americana Mars formou parcerias com empresas chinesas de comércio eletrônico, como JD.com, e planeja levar seus produtos para os mercados mundiais por esta plataforma transfronteiriça, segundo o vice-presidente da companhia, Matthias Berninger.

Dai Fan, representante do Estado de Califórnia e conselheiro especial do governador para a China, disse que como um pioneiro em energia limpa, comércio de carbono, veículos elétricos e baterias, a Califórnia espera aprofundar a cooperação com a China nestas áreas.

"Não podemos alcançar essas metas por conta própria. Temos que ter uma relação e parceria muito estreita com a China", disse Dai.

Myron Brilliant, vice-presidente executivo da Câmara de Comércio dos EUA, disse esperar que o comércio e investimento entre a China e os EUA continuem a crescer.

Brilliant enfatizou a importância do engajamento e diálogo entre os dois países para lidar com os desafios no comércio.

"Existe tanto potencial nesta relação, e podemos esperar tanto dela, que nós não queremos disrupção do comércio e investimento entre nossos dois países", disse.