Shanghai permite que táxis ofereçam serviços de loja de conveniência

2018-05-22 19:05:11丨portuguese.xinhuanet.com

Shanghai, 22 mai (Xinhua) -- O motorista de táxi de Shanghai, Yao Yanjun, abriu uma loja de conveniência há três meses, que o ajuda a obter dinheiro extra para suplementar seu rendimento mensal. O melhor é que ele não precisa alugar uma vitrine na cara metrópole chinesa.

A loja de conveniência fica no seu táxi. Todo o espaço de armazenamento no carro está cheio de lanches, água engarrafada, refrigerantes e outras mercadorias. Os passageiros que querem comprar podem escanear um código QR na parte de trás do assento do motorista para fazer o pagamento.

A loja é de propriedade conjunta da empresa de táxis de Yao, Shanghai Haibo Taxi, e da cadeia de lojas de conveniência Wangwang Convenience, responsável pelo fornecimento logístico das mercadorias. Motoristas como Yao compartilham os ganhos das vendas no varejo.

Mais de 200 táxis em Shanghai se juntaram ao negócio varejista. Yao disse que estava entre os 10 melhores vendedores nos primeiros dois meses, com uma renda adicional de 600 yuans (US$ 94) em março e 400 yuans em abril.

Yao disse que o negócio tradicional de táxi está em dificuldades, com cerca de mil carros desocupados em sua empresa por causa da falta de motoristas.

A empresa assinou um acordo de cooperação com a operadora da cadeia de lojas para aumentar o rendimento dos motoristas.

A Wangwang Convenience, registrada em Tianjin, no norte da China, é uma plataforma de compras online para pequenas lojas e fornece "hardware inteligente e soluções de loja" aos pequenos varejistas.

Ela informou que também ajudou as empresas de táxis a abrir essas lojas em Nanjing, além de explorar o mercado em Hangzhou.

Todos os itens vendidos nos táxis são fornecidos pela cadeia de lojas, que possui uma licença comercial de alimentos. Ela também comprou um seguro de acidentes para os passageiros e seguro de segurança alimentar para o negócio varejista nos táxis.

No entanto, o novo modelo comercial enfrenta controvérsias. Li Shuguang, professor da Universidade de Fudan, apontou que os táxis são transportadores e não estão cobertos por nenhuma lei ou regulamento do setor alimentar.

Há também preocupação pública com a segurança na condução, quando os motoristas de táxi se tornam varejistas.

Segundo Yao, conduzir é seu principal trabalho, embora dê recomendações a passageiros sobre os itens. Ele disse que nenhum passageiro roubou mercadorias de seu carro.

Muitas operadoras de lojas de conveniência estão vendo o potencial dos táxis como varejistas móveis. Negócios semelhantes apareceram em várias cidades chinesas. Alguns têm refrigeradores no porta malas de seus táxis, para que os motoristas possam oferecer serviços como nos bares. Uma empresa na cidade sudoeste de Chengdu substituiu os assentos do passageiro dianteiros por cadeiras de massagem, para que os motoristas possam cobrar taxas adicionais.

Atualmente, as cidades de Shenzhen e Wuhan pararam todos os serviços varejistas em táxis.

A Administração de Alimentos e Medicamentos de Shanghai disse que está trabalhando em novas medidas de supervisão para o varejo de alimentos nos táxis e que o governo não deve recusar simplesmente um novo tipo de negócios.

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