Matéria de fundo: visitantes chineses à Lua

2018-05-21 11:45:10丨portuguese.xinhuanet.com

Xichang, 21 mai (Xinhua) -- A China lançou um satélite de retransmissão chamado Queqiao ("ponte de pega") no início da segunda-feira para criar uma ligação de comunicação entre a Terra e o lado escuro da Lua.

O satélite entrará em uma órbita de halo em torno do segundo Ponto de Lagrange (L2) do sistema Terra-Lua e terá um papel vital para a sonda lunar chinesa Chang'e-4, que deve ser a primeira a fazer pouso suave no lado escuro da Lua, mais tarde este ano.

O programa de exploração lunar da China recebeu o nome da lendária Chang'e, a "Senhora da Lua" que tomou uma poção e voou para o céu, por fim chegando à Lua, onde ela se tornou uma deusa acompanhada por um coelho de Jade.

O programa de três fases, desde 2004, inclui orbitar e pousar na Lua, e levar amostras de volta para a Terra. Até o momento, a China enviou quatro naves espaciais para orbitar e pousar sobre a Lua.

Chang'e-1

A primeira sonda lunar chinesa, Chang'e-1, foi lançada em 24 de outubro de 2007, tornando a China o quinto país a desenvolver e lançar uma sonda lunar por conta própria.

Em órbita 200 quilômetros acima da Lua, traçou imagens 3D sobre a superfície lunar, analisou a distribuição de elementos, mediu a profundidade do solo lunar, e explorou o ambiente entre a Terra e a Lua. Os cientistas chineses obtiveram o primeiro mapa completo da superfície da Lua, graças à Chang'e-1.

Depois de orbitar a Lua por cerca de 16 meses, a sonda caiu de forma controlada na superfície lunar em março de 2009.

A Chang'e-1 abriu uma nova idade da exploração de espaço profundo para a China.

Chang'e-2

A Chang'e-2, que foi lançada em 1º de outubro de 2010, obteve um mapa lunar completo com uma resolução espacial de 7 metros, mostrando mais detalhes da superfície lunar do que seu predecessor, Chang'e-1, que tinha uma resolução de 120 metros.

A sonda também tirou fotos do Sinus Iridum, ou Baía de Arcos-íris, o local de pouso proposto para a Chang'e-3.

Depois de cumprir suas tarefas, a Chang'e-2 voou para o Ponto L2 do sistema Sol-Terra, onde a gravidade do Sol e Terra equilibra o movimento orbital de um satélite, para conduzir experimentos científicos.

Depois, voou para o asteroide de Toutatis, cerca de 7 milhões de quilômetros da Terra. A Chang'e-2 chegou a 3,2 quilômetros de Toutatis e capturou imagens com uma resolução espacial de 10 metros a uma velocidade relativa de 10,73 quilômetros por segundo.

Mais tarde, continuou ficando no espaço profundo, se tornando um asteroide artificial no sistema solar.

Chang'e-3

A Chang'e-3 foi lançada em 2 de dezembro de 2013, e pousou suavemente no Sinus Iridum 12 dias mais tarde. Foi a primeira nave espacial chinesa a fazer pouso suave e explorar um objeto extraterrestre.

O sucesso tornou a China o terceiro país, depois dos Estados Unidos e ex-União Soviética, a fazer pouso suave na Lua.

A Chang'e-3 incluiu um pousador e um veículo explorador da Lua, Yutu, (coelho de Jade), que tiraram fotos um para o outro quando o veículo explorador circulava o pousador.

A sonda adquiriu um perfil geológico da Lua e detectou a estrutura geológica desde a superfície lunar até 330 metros abaixo, descobrindo um novo tipo de pedra lunar. Os dados podem dar aos cientistas novas perspicácias sobre a evolução da Lua.

Um telescópio ótico no pousador conduziu observações na faixa ultravioleta dos corpos celestiais acima do Pólo Norte da Lua.

Outro instrumento, uma câmara ultravioleta, tirou imagens sobre a camada do plasma da Terra, o que pode ajudar a prever o clima do espaço e garantir a segurança de comunicação na Terra assim como entre a Terra e a nave espacial.

O veículo explorador, Yutu, sofreu com falha mecânica e parou de funcionar.

Nave de teste para a Chang'e-5

A China lançou uma nave espacial experimental em 24 de outubro de 2014 para testar as tecnologias a ser usadas na Chang'e-5, que deve levar de volta amostras lunares para a Terra.

A nave espacial, integrada por uma cápsula de reentrada e um módulo de serviço, voou em torno da Lua por metade de um ciclo. Depois da separação das cápsulas de reentrada e serviço, a cápsula de reentrada se aproximou da atmosfera da Terra à velocidade de aproximadamente 11,2 quilômetros por segundo.

A cápsula foi projetada para saltar de volta" da extremidade da atmosfera para se desacelerar, antes de entrar novamente. O processo foi comparado a uma pedra que salta através da água e pode diminuir a "distância de freio" para a nave espacial.

A cápsula de retorno aterrissou na área de pouso designada na Bandeira de Siziwang, Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, em 1º de novembro de 2014.

O módulo de serviço voou de volta para orbitar a Lua para mais testes e chegou ao Ponto L2 do sistema Terra-Lua para conduzir experimentos.

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