Mudança climática pode ajudar a reduzir poluição do ar no norte da China
Beijing, 18 mai (Xinhua) -- A mudança climática pode ter mitigado a poluição do ar no inverno no norte da China durante as últimas duas décadas, de acordo com uma nova pesquisa.
Analisando os dados de 1996 a 2016, os pesquisadores descobriram que o Ártico se tornou mais quente, houve um rápido declínio da cobertura de gelo do mar, enquanto a Eurásia ficou mais fria, fazendo com que a intensidade da alta pressão atmosférica siberiana aumentasse.
A alta pressão atmosférica da Sibéria, chamada Anticiclone Siberiano, é o principal sistema climático que afeta a China no inverno. O cálculo do modelo revelou que ela poderia trazer ventos do norte fortalecidos, o que têm sido a principal força motriz na dispersão da poluição na planície do norte da China.
Em janeiro de 2016, a densidade de PM 2,5 durante um período forte do Anticiclone Siberiano foi de 100 a 200 microgramas por metro cúbico do ar menor que durante um período mais fraco em janeiro de 2013.
Os pesquisadores também descobriram que a diminuição na densidade de PM 2,5 causada pela redução de emissões foi comparável àquela causada pela forte alta pressão atmosférica na Sibéria, sugerindo que a mudança climática nos últimos anos pode ter mitigado a poluição do ar.
A qualidade do ar geralmente piora no inverno no norte da China devido ao aumento das emissões de fontes de aquecimento e à diminuição do vento.
A pesquisa, liderada pelo Instituto do Meio Ambiente da Terra, subordinado à Academia Chinesa de Ciências, foi publicada recentemente no jornal "Earth's Future".
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