Argentina abre primeira escola pública autossustentável

2018-04-23 16:29:59丨portuguese.xinhuanet.com

Buenos Aires, 20 abr (Xinhua) -- A Argentina abriu sua primeira escola pública autossustentável em Mar Chiquita, a cerca de 380 quilômetros ao sul da capital Buenos Aires.

Foram necessários centenas de voluntários por 45 dias para construir o edifício totalmente sustentável, que reduz os custos operacionais, promove a inovação e aumenta a conscientização ambiental.

O projeto exclusivo foi projetado pela Tagma, uma organização sem fins lucrativos uruguaia que reúne profissionais ecologicamente conscientes de engenharia e arquitetura.

"Temos um prédio que incorpora seis princípios de sustentabilidade em seu método de construção", disse um dos coordenadores de construção da Tagma, Matias Rivero, à Xinhua.

Mais importante, "é energeticamente autossustentável e eficiente - não requer qualquer tipo de combustível fóssil para aquecimento, ou fornecimento de água, luz ou comida", disse Rivero.

A Escola Pública Nº 12, de Mar Chiquita, que cobre cerca de 300 metros quadrados, recebe sua energia do sol, possui duas hortas orgânicas e um sistema inteligente de coleta de água da chuva reciclável.

Cerca de 60% dos materiais de construção são reciclados e o edifício é projetado para manter a temperatura entre 18 e 25 graus centígrados durante todo o ano, sem necessidade de mecanismos de aquecimento ou resfriamento.

"Achamos que o método (de construção) é o mais próximo de um conceito amplo de sustentabilidade e é muito útil como ferramenta de ensino", acrescentou.

O objetivo da Tagma era "construir um prédio que pudesse ensinar as crianças sobre a natureza [...] e nos falar de sustentabilidade, trazendo sustentabilidade para a educação pública", disse Rivero.

A esperança é que as 70 crianças do ensino fundamental aprendam naturalmente a cuidar do meio ambiente, a reciclar, o uso racional dos recursos naturais e a alimentação saudável, além de temas tradicionais como leitura, escrita e matemática.

A Earthship Biotecture, empresa do renomado arquiteto norte-americano, Michael Reynolds, forneceu o método de construção, enquanto o setor privado forneceu o financiamento.

Karen Vizental, vice-presidente de comunicações corporativas e sustentabilidade da Unilever América Latina e Cone Sul, uma das empresas privadas que patrocinam o projeto, disse que a iniciativa deixa um importante "legado" para as gerações mais jovens.

"Parte da comunidade participou na aprendizagem de como construir uma escola como esta, então você acaba com capacidade instalada além de uma escola para a vida. Eu acho que esse é o grande legado que podemos deixar para trás, além de educar nossos filhos na escola com base na sustentabilidade", disse Vizental.

Este é o segundo edifício escolar sustentável do grupo. O primeiro foi construído em Jaureguiberry, no Uruguai, em 2016.

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