ZTE diz que proibição dos EUA é "injusta" e "inaceitável"

Shenzhen, 20 abr (Xinhua) -- A fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações ZTE disse nesta sexta-feira em um comunicado que não aceitará a proibição imposta pelos Estados Unidos à empresa, qualificando a decisão de "injusta".

"A proibição não só afeta severamente a sobrevivência e o desenvolvimento da ZTE, mas também causa dano a todos os parceiros da ZTE incluindo um grande número de companhias americanas", disse o comunicado, que foi emtido depois que o Departamento do Comércio dos EUA impôs uma negação de privilégios de exportação contra a ZTE sob a alegação de violações às Regras de Administração de Exportação no início desta semana.

É "inaceitável" que a parte americana insista em impor injustamente a penalidade mais severa contra a ZTE, mesmo antes da conclusão de uma investigação, disse.

A parte americana desconsiderou o fato de que a ZTE identificou os assuntos propriamente e os informou imediatamente aos EUA e que "a empresa tomou medidas contra os funcionários que poderiam ter sido responsáveis por este incidente", segundo a nota.

A ZTE afirmou que "medidas corretivas" tinham sido imediatamente tomadas e um escritório de advocacia dos EUA tinha conduzido uma investigação independente antes da decisão dos EUA.

A empresa disse que continuamente reflete sobre as lições de sua experiência em compliance ao controle de exportação e que dá grande importância à questão nestes últimos dois anos.

"Dentro da ZTE, o compliance é considerado a base e linha final da operação da companhia", destacou.

A empresa com sede em Shenzhen disse que está determinada em tomar todas as medidas judiciais para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos, enquanto não desistirá de esforços para resolver a questão por comunicação.

O Ministério do Comércio da China disse na quinta-feira que a ação dos EUA contra a ZTE será ruim para eles próprios. "A ação é dirigida contra a China, mas no fim prejudicará os EUA", advertiu Gao Feng, porta-voz da pasta.