Pântano Zapata: paraíso natural em Cuba

2018-03-22 10:36:04丨portuguese.xinhuanet.com

por Raul Menchaca

Matanzas, Cuba, 20 mar (Xinhua) -- O Parque Nacional do Pântano de Zapata, em Cuba, é conhecido como o maior e mais bem conservado pantanal do Caribe.

Cobrindo uma área de cerca de 5.000 quilômetros quadrados, está localizado ao sul da província cubana de Matanzas, 170 km a sudeste de Havana, com 13 ecossistemas diferentes.

Poucos lugares na ilha acumularam tantos títulos como este, que foi declarado Parque Nacional em 1971.

Em 2000, foi declarada Reserva da Biosfera pela UNESCO e, um ano depois, como um Local Ramsar, uma categoria concedida pela Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional.

Atualmente, o parque também está se candidatando a Patrimônio da Humanidade, porém, todos esses títulos grandiosos, apenas mostram o trabalho duro de um grupo de especialistas cubanos dedicados à proteção e conservação da área.

"Nosso objetivo fundamental é o trabalho de proteção e conservação. No entanto, também realizamos ações para o público, como visitas guiadas a diferentes ambientes e espaços naturais que são atraentes para os turistas", disse o especialista Mario Diaz, à Xinhua.

Diaz informou que estudos foram realizados para determinar o número de visitantes que podem ser recebidos diariamente e o comportamento dos guias a cada chegada.

Esta extensa área úmida contém cerca de 900 espécies de plantas nativas e mais de cem aves, anfíbios, peixes e répteis.

"Das 28 espécies endêmicas que existem em Cuba, você encontrará 24 em nosso território, especialmente Bermeja, um santuário de pássaros endêmicos", disse Diaz.

Estas espécies incluem o crocodilo cubano, papagaios, o peixe biajaca criolla e o peixe cubano, um peixe considerado um fóssil vivo.

Um grupo de guias garante a viagem através de várias rotas naturais, incluindo Leoncio Gomez, que trabalha há sete anos na trilha "Enigma das Pedras", que atravessa três cenotes (cavidades naturais) dentro do maior sistema de cavernas inundadas de Cuba.

"O sistema espeleológico do pântano abrange 10.000 hectares terrestres e 400 marinhos", explica Gomez, 42 anos, que viaja três ou quatro vezes por dia através de um circuito de dois quilômetros na selva.

A apenas 300 metros do mar, esse sistema de cavernas originou-se de uma falha tectônica há 1,5 milhão de anos e se estende por mais de 70 quilômetros ao longo da costa sul do pântano.

A água flui subterrânea através dos cenotes, o maior deles com 86 metros de profundidade, através de um complicado sistema de rochas cársticas que funciona como um filtro que permite que o líquido passe e retenha as impurezas.

Há pouco mais de um ano, o parque fez parceria com o parque Everglades, na Flórida, Estados Unidos, após a assinatura de um acordo em Washington para melhorar a gestão ambiental conjunta.

O retrocesso nas relações entre os dois países não eliminou o acordo, mas o deixou paralizado, com especialistas americanos deixando de visitar Zapata.

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