Aprovação do gabinete de Abe despenca em meio à escândalo, segundo pesquisas

2018-03-19 16:08:39丨portuguese.xinhuanet.com

Tóquio, 18 mar (Xinhua) -- A classificação de aprovação do gabinete do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, despencou novamente em meio a uma atenção renovada em um escândalo de nepotismo envolvendo Abe e sua esposa, Akie, de acordo com várias pesquisas de mídia.

De acordo com uma pesquisa da Kyodo News divulgada no domingo, a classificação de aprovação do gabinete do primeiro-ministro caiu para 38,7%, menos 9,4 pontos percentuais de uma pesquisa anterior realizada entre 3 e 4 de março, enquanto a classificação de desaprovação foi de 48,2%, com um aumento de 9,2 pontos.

Entre os entrevistados, 43,8% disseram que Abe deveria renunciar como primeiro-ministro depois de que mais evidências surgiram sobre a influência do estado em negócios obscuros de terras, enquanto 47,6% disseram que não deveria fazê-lo.

Um total de 66,1% disse que Abe deve ser responsabilizado pela adulteração do Ministério das Finanças de documentos ligados ao acordo de terra duvidoso em uma tentativa amplamente suspeita de encobrir o escândalo, enquanto 25,8% disseram o contrário.

Entre os entrevistados, 65,3% disseram que a esposa de Abe, Akie, deveria depor no parlamento, enquanto apenas 29,0% disseram que isso não era necessário.

De acordo com outra pesquisa divulgada pela Jiji Press, na sexta-feira, a taxa de apoio do gabinete subiu para 39,3%, menos 9,4 pontos percentuais em relação ao mês anterior, enquanto a taxa de desaprovação foi de 40,4%, 8,5 pontos acima, marcando a primeira vez, desde outubro passado, que a taxa de apoio foi menor do que a taxa de desaprovação.

Moritomo Gakuen, um operador de escolas particulares, teria comprado um terreno de 7.770 metros quadrados em junho de 2016 em Toyonaka, prefeitura de Osaka, por 134 milhões de ienes (1,26 milhão de dólares americanos), o equivalente a apenas 14% do preço de avaliação.

A terra tinha sido destinada a uma nova escola primária a ser aberta em abril do ano passado com a esposa de Abe, Akie, como sua diretora de honra, embora tenha abandonado depois do escândalo.

O primeiro-ministro já negou que ele ou sua esposa estivessem envolvidos no acordo obscuro, enquanto Yasunori Kagoike, chefe do operador da escola, deu testemunho juramentado em ambas as câmaras do parlamento, declarando que ele acreditava que a negociação da terra envolvia "a intervenção de políticos".

O Ministério das Finanças do Japão admitiu, no início desta semana, alteração de documentos em um escândalo de corte de preço, que chamou a atenção redobrada para o escândalo e para pedidos da oposição e do público para investigações mais profundas e para o governo ser responsabilizado.

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