Construção de porto liderado pela China é iniciada e visa aumentar capacidade de logística no nordeste do Brasil

São Luís, 16 mar (Xinhua) -- Um consórcio liderado pela China Communications Construction Company estabeleceu, na sexta-feira, a pedra fundamental para a construção de um porto que visa impulsionar o desenvolvimento regional e fortalecer os laços econômicos entre a China e o Brasil.

O projeto Porto de São Luís está sendo realizado em colaboração com as empresas brasileiras WPR e Lyon Capital, e a empresa chinesa detém uma participação de 51%. A construção do porto levará quatro anos e custará cerca de 800 milhões de reais (243,8 milhões de dólares americanos), gerando cerca de 4.000 empregos.

O embaixador chinês no Brasil, Li Jinzhang, disse enquanto participava da cerimônia de lançamento da construção, que o porto deverá impulsionar o desenvolvimento regional e atrair mais empresas, incluindo as chinesas, para o nordeste do Brasil, uma área que já é favorável ao negócio.

O porto terá uma capacidade de movimentação anual estimada de 10 milhões de toneladas de cargas, das quais 7 milhões serão grãos - especialmente soja e milho. Cerca de 1,5 milhão de fertilizantes e 1,5 milhão de carga geral.

Além disso, espera-se que o porto seja capaz de acomodar 1,8 milhão de metros cúbicos de produtos derivados do petróleo.

Flávio Dino, governador do estado brasileiro do Maranhão, cuja capital é São Luís, também esteve presente na cerimônia. Ele desejou sucesso à joint venture.

O projeto faz parte da Iniciativa do Cinturão e Rota proposta pela China em 2013 para impulsionar o desenvolvimento de infraestrutura, como ferrovias, estradas, portos, oleodutos e redes elétricas. A China disse que a iniciativa está aberta a todas as nações que desejam participar dela.

Estradas e ferrovias que conectam o porto com as áreas interiores também serão construídas para que o transporte de produtos agrícolas produzidos no Maranhão para outros estados seja melhorado.

"Após o porto estar completo, integrará o corredor de logística da região nordeste do Brasil [...], resolvendo alguns dos problemas de gargalo que o Brasil enfrenta na logística", afirmou Chen Zhong, representante da China Communications Construction Company, na cerimônia.