Chinesa CCCC lidera consórcio do Porto de São Luís, que amplifica capacidade logística do Maranhão

2018-03-18 15:46:38丨portuguese.xinhuanet.com

Por Janaína Camara da Silveira

Beijing, 18 mar (Xinhuanet) -- Foi lançada nesta sexta-feira, em São Luís, capital do Estado do Maranhão, a pedra fundamental do Porto de São Luís, complexo cujas obras levarão até quatro anos a um custo estimado de R$ 800 milhões. A empresa China Communications Construction Company (CCCC) lidera o projeto desde que comprou 51% da participação no empreendimento, ao lado das brasileiras WPR e Lyon Capital.

Crédito da foto: Karlos Geromy/Governo do Estado do Maranhão

O ato de lançamento contou com a presença do embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, do governador do Estado do Maranhão, Flávio Dino, bem como de representantes das empresas envolvidas, incluindo outros parceiros como o grupo chinês Herun e os bancos ICBC e Banco de Desenvolvimento da China.

- O porto tem, em minha opinião, três grandes funções, a de ser condutor do crescimento regional, o de desenvolver ainda mais uma área já propícia para os negócios, atraindo mais empresas, inclusive chinesas, e de representar um vínculo à Iniciativa do Cinturão e Rota, que prevê a construção de infraestrutura ao longo de novas rotas, entre as quais as marítimas - afirmou o embaixador, ao lembrar que as trocas comerciais por navio entre China e América Latina e Caribe remontam há quatro séculos.

O porto terá uma capacidade de movimentação anual de 10 milhões de toneladas por ano, 7 milhões das quais serão grãos, especialmente soja e milho, 1,5 milhão de fertilizantes e 1,5 milhão de cargas gerais. Além disso, poderá operar 1,8 milhão de metros cúbicos de derivados de petróleo. A expectativa é de que só a obra já gere 4 mil empregos diretos.

Crédito da foto: Karlos Geromy/Governo do Estado do Maranhão

O espaço destinado ao Porto de São Luís tem 200 hectares, onde serão acomodados seis berços de atracação, quatro dos quais já na primeira parte da obra. O calado do píer deverá ser de 22 metros. E o porto prevê integração com as redes modais rodoviária e ferroviária. É importante lembrar que o Maranhão tem no agronegócio um dos setores expoentes e integra a região que recebeu o acrônimo de MATOPIBA, por reunir os estados do próprio Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, cujas cadeias produtivas devem ser beneficiadas pelo novo hub logístico. São Luís, que já tem outros três portos em operação, um deles estatal, o de Itaqui, é o destino portuário brasileiro mais próximo do Canal do Panamá, numa posição geográfica que o deixa em vantagem também em relação à Europa e a à África, bem como à Ásia.

- No 19º Congresso do Partido Comunista da China, o presidente Xi Jinping disse que quem governa tem de saber falar de coração para coração. É de coração que agradeço por mais este investimento em nosso território - afirmou o governador.

- A bandeira da China tem uma grande estrela. A do Maranhão também tem uma grande estrela. Quando os nossos povos começaram a navegar, não havia GPS, mas havia estrelas. Foram elas que guiaram as nossas navegações, e agora nos unem. Estrelas simbolizam o horizonte, mas também simbolizam as pessoas de braços abertos. Deng Xiaoping, ao liderar processo de reforma e abertura, encsinou que sozinhos podemos muito, mas unidos podemos muito mais - completou Dino.

Crédito da foto: Karlos Geromy/Governo do Estado do Maranhão

Representando a CCCC, Chen Zhong destacou o pioneirismo do projeto, o primeiro em solo brasileiro executado pelos chineses desde o início, o que se chama de greenfield, no jargão empresarial, além de ser o primeiro projeto relacionado à Iniciativa do Cinturão e Rota sob liderança da CCCC.

- Quando o porto estiver concluído, ele se integrará o corredor logístico do Nordeste do Brasil, e outros estados irão se beneficiar, escoando a produção e promovendo o desenvolvimento econômico. Com a integração à ferrovia de Carajás, também se resolverão alguns problemas do gargalo logístico do país - afirmou o executivo. Ele acredita que o projeto do Porto de São Luís, que une empresas brasileiras e chinesas, inaugura um novo modelo de parceria sino-brasileiro

- A história provará que a parceria entre a China e o Brasil garante o desenvolvimento comum - comentou mais cedo o embaixador chinês.

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